A salvação da literatura está na própria literatura
“Vivemos em um mundo fluido, raso e fragmentado, que se pulveriza e se desmancha. O mundo das imagens feéricas, do noticiário em ‘tempo real’, das grandes (e ilimitadas) redes virtuais. O mundo da simulação, do duplo e do etéreo. Nesse mundo disperso e desprovido de limites, a literatura parece perder o sentido. Para que serve, então, a literatura hoje? A literatura está morrendo? Será ela devorada pelos blogs, pelo Facebook e por outros artefatos do mundo virtual? Chegando à pergunta que mais nos atormenta: a literatura tem futuro? Podem os jovens ainda acreditar na potência da literatura? Aposto, com ênfase, no futuro da literatura. Mais ainda: aposto em sua força no presente. Em um mundo entre escombros, em que tudo se parte e se dispersa, a literatura, na contramão, oferece coesão e sentido. Em um mundo no qual tudo nos joga para fora, ela nos joga para dentro. Em um mundo extrovertido, dominado pelas imagens, pelos índices e pelas superfícies, ela nos conduz a um precioso exercício de introspecção. Quanto mais o mundo se fragmenta e se liquefaz (para pensar nas ideias de Zymunt Bauman), mais a literatura se oferece como um posto de resistência. Quanto mais o sujeito e seu corpo se veem presos _ como tristes aranhas _ às redes virtuais e às jogadas comerciais, mais a literatura se oferece como um território de liberdade interior e de subjetivação.”
“Será ela devorada pelos blogs, pelo Face Book e por outros artefatos do mundo virtual? Chegando à pergunta que mais nos atormenta: a literatura tem futuro?”
Acho que a literatura tem futuro sim… só temos que levar em consideração a mudança de paradigma que está estampada mas ainda não foi aceita.
[WORDPRESS HASHCASH] The poster sent us ‘0 which is not a hashcash value.