“Quando íamos fazer a sesta, certa vez, meu avô tapou os olhos com as mãos e disse, Já pensou, Nuninho, como é horrível ficar cego? Ficar no escuro para sempre? Eu tapei meus olhos como ele, e logo procurei abri-los, aflito, mas sem querer ele tinha apagado a luz e eu achei que não estava mais enxergando. Ele riu muito disso, como se risse da morte.”
Trecho de Fala Fala Fala Fala (sobre Meu Avô), ensaio memorialístico de Nuno Ramos
Publicado
segunda-feira, 23 de novembro de 2009 às 6:19 pm e categorizado como Blog.
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Para sempre, num único instante
“Quando íamos fazer a sesta, certa vez, meu avô tapou os olhos com as mãos e disse, Já pensou, Nuninho, como é horrível ficar cego? Ficar no escuro para sempre? Eu tapei meus olhos como ele, e logo procurei abri-los, aflito, mas sem querer ele tinha apagado a luz e eu achei que não estava mais enxergando. Ele riu muito disso, como se risse da morte.”
Trecho de Fala Fala Fala Fala (sobre Meu Avô), ensaio memorialístico de Nuno Ramos
Publicado segunda-feira, 23 de novembro de 2009 às 6:19 pm e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.