Para sempre, num único instante

“Quando íamos fazer a sesta, certa vez, meu avô tapou os olhos com as mãos e disse, Já pensou, Nuninho, como é horrível ficar cego? Ficar no escuro para sempre? Eu tapei meus olhos como ele, e logo procurei abri-los, aflito, mas sem querer ele tinha apagado a luz e eu achei que não estava mais enxergando. Ele riu muito disso, como se risse da morte.”

Trecho de Fala Fala Fala Fala (sobre Meu Avô), ensaio memorialístico de Nuno Ramos

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