Errou…

“Mas por que o football?
Não seria, porventura, melhor exercitar-se a mocidade em jogos nacionais, sem mescla de estrangeirismo, o murro, o cacete, a faca de ponta, por exemplo? Não é que me repugne a introdução de coisas exóticas entre nós. Mas gosto de indagar se elas serão assimiláveis ou não.
No caso afirmativo, seja muito bem vinda a instituição alheia, fecundemo-la, arranjemos nela um filho híbrido que possa viver cá em casa. De outro modo, resignemo-nos às broncas tradições dos sertanejos e dos matutos. Ora, parece-nos que o que o football não se adapta a estas boas paragens do cangaço. É roupa de empréstimo, que não nos serve. (…) Estrangeirices não entram facilmente na terra do espinho. O football, o boxe, o turfe, nada pega.”

Do escritor Graciliano Ramos, numa crônica de 1921, citada no livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, de Leandro Narloch

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