“Para onde vão os patos do Central Park no inverno?”
Frase-símbolo de Holden Caulfield, protagonista do romance O Apanhador no Campo de Centeio. O livro é o mais conhecido do escritor norte-americano J.D. Salinger, morto na quarta-feira
“Para onde vão os patos do Central Park no inverno?”
Frase-símbolo de Holden Caulfield, protagonista do romance O Apanhador no Campo de Centeio. O livro é o mais conhecido do escritor norte-americano J.D. Salinger, morto na quarta-feira
Na história do nosso amor,
um foi sempre uma tribo nômade, outro uma nação em seu próprio solo.
Quando trocamos de lugar, tudo tinha acabado.
O tempo passará por nós, como paisagens passam por trás de atores
parados em suas marcas quando se roda um filme.
As palavras passarão por nossos lábios.
Até as lágrimas passarão por nossos olhos.
O tempo passará por cada um em seu lugar.
E na geografia do resto de nossas vidas,
quem será uma ilha e quem uma península
em noites de amor com outros?
A partir do poema Nossa História, do israelense Yehuda Amichai
“O professor Paul Singer, na década de 1980, fez um trabalho analisando os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), na qual detectou a existência de uma camada que chamou de subproletariado: os trabalhadores que não conseguem atingir no mercado uma remuneração que lhes dê condições mínimas de participação na luta de classes. E eles eram quase metade da força de trabalho do país. Dos anos 80 para cá, as condições de vida dessa camada permaneceram intactas. Houve um momento de piora até meados dos anos 90, com a implementação de políticas neoliberais no Brasil. Depois, uma certa melhora, após o Plano Real. No cômputo final, ficou como estava _até o governo Lula. (…)
Às vésperas da eleição de 1989, Lula ganhava em todas as faixas de renda, menos a mais baixa, justamente a do subproletariado. Isso sinalizava um fenômeno sociopolítico curioso: a faceta conservadora dos eleitores de baixíssima renda. Podia-se identificar nas pesquisas uma coerência entre o voto em Collor e as respostas que esses eleitores davam em relação à questão das greves que afligiam o país naquela ocasião. Quanto menor era a renda, mais apoio ao uso de tropas para acabar com as greves. A razão sociológica para isso é o fato de que eles estão excluídos de qualquer organização, dos mecanismos de luta para os quais faz sentido o conflito político. Para um trabalhador que vive boa parte do tempo desempregado ou na informalidade, a desordem parece ser sempre prejudicial.
Depois da eleição de 89, Lula concedeu uma entrevista em que identifica claramente as razões da derrota: ‘A verdade nua e crua é que quem nos derrotou, além dos meios de comunicação, foram os setores menos esclarecidos e mais desfavorecidos da sociedade. Nós temos amplos setores da classe média com a gente _uma parcela muito grande do funcionalismo público, dos intelectuais, dos estudantes, do pessoal organizado em sindicatos, do chamado setor médio da classe trabalhadora’. Depois de quase 20 anos, houve uma virada, o que chamo de realinhamento eleitoral de 2006: o subproletariado aderiu em bloco a Lula.”
Do cientista político André Singer na reportagem Os descamisados de Lula
“Os anos passam voando, mas os dias passam muito devagar.”
De um senhor em uma agência bancária de São Paulo, enquanto aguardava
na fila da terceira idade para ser atendido pelo caixa
O cineasta francês Gilles Porte convidou crianças de 20 países, entre 3 e 6 anos, que ainda não sabem ler nem escrever, para se desenharem sobre um vidro transparente, sem a intervenção de adultos. Ele filmou cada um dos garotos em ação e montou uma galeria com 80 retratos. Ao final de cada filme, o personagem desenhado sobre o vidro “ganha vida” graças ao trabalho de animadores da Escola de Gobelins, em Paris
Dica de Ana Teixeira
– No seu blog, muita gente pergunta o que você viu enquanto estava em coma, se viu Deus ou se viu o Diabo…
– Rarararará! Cara, eu vi o Pereio (Paulo Cesar Pereio, ator).
– É sério?
– Sério. Eu lembro que não tive sonhos. O que tive foi… Sabe aquela brincadeira que a gente fazia quando era criança, de jogar um palito de fósforo no café e aí formava imagens? Lembra disso? A coisa do palito de fósforo no café era a coisa de formar imagens mesmo, a vó da gente sabia fazer isso. E aí tinha isso, cara: do nada começavam a se formar imagens. Eu via tudo como se fosse uma tela preta e ia se formando uma imagem de fumaça. E eu me lembro nitidamente do Pereio, que depois se transformava em Stalin. Eu achava muito engraçado: o que tem a ver o Stalin comigo? O Pereio tudo bem, é meu amigo.
Trecho de Dramaturgo renasce depois do pesadelo, entrevista do repórter Jotabê Medeiros com Mário Bortolloto. Há quase dois meses, o escritor levou quatro tiros num assalto em São Paulo. Depois de ficar um bom tempo hospitalizado, está se recuperando
O Studio, vídeo da escritora gaúcha Carol Bensimon
Tá tudo padronizado
no nosso coração?
Nosso jeito de amar pelo jeito
não é nosso não?
A partir de Mira Ira, canção de Karina Buhr
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