“Queria mais um amor. Escrevi cartas, remeti pelo correio a copa de uma árvore, pardais comendo no pé um mamão maduro _ coisas que não dou a qualquer pessoa _ e mais que tudo, taquicardias, um jeito de pensar com a boca fechada, os olhos tramando um gosto. Em vão. Meu bem não leu, não escreveu, não disse essa boca é minha. Outro dia perguntei a meu coração: o que há, durão, mal de chagas te comeu? Não, ele disse: é desprezo de amor.”
A Meio Pau, poema de Adélia Prado Dica de Júlia Medeiros
Publicado
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 às 5:08 pm e categorizado como Blog.
Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.
Desgosto
“Queria mais um amor. Escrevi cartas,
remeti pelo correio a copa de uma árvore,
pardais comendo no pé um mamão maduro
_ coisas que não dou a qualquer pessoa _
e mais que tudo, taquicardias,
um jeito de pensar com a boca fechada,
os olhos tramando um gosto.
Em vão.
Meu bem não leu, não escreveu,
não disse essa boca é minha.
Outro dia perguntei a meu coração:
o que há, durão, mal de chagas te comeu?
Não, ele disse: é desprezo de amor.”
A Meio Pau, poema de Adélia Prado
Dica de Júlia Medeiros
Publicado terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 às 5:08 pm e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.