Os homens estão condenados atavicamente à tristeza?
“O morcego, pendurado em um galho pelos pés, viu que um guerreiro kayapó se inclinava sobre o manancial. Quis ser seu amigo. Deixou-se cair sobre o guerreiro e o abraçou. Como não conhecia o idioma dos kayapó, falou ao guerreiro com as mãos. As carícias do morcego arrancaram do homem a primeira gargalhada. Quanto mais ria, mais fraco se sentia. Tanto riu que, no fim, perdeu as suas forças e caiu desmaiado. Quando se soube na aldeia, houve fúria. Os guerreiros queimaram um montão de folhas secas na gruta dos morcegos e fecharam a entrada. Depois, discutiram. Os guerreiros resolveram que o riso fosse usado semente pelas mulheres e crianças.”
O Riso, crônica de Eduardo Galeano
Publicado
quarta-feira, 10 de março de 2010 às 4:35 pm e categorizado como Blog.
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Os homens estão condenados atavicamente à tristeza?
“O morcego, pendurado em um galho pelos pés, viu que um guerreiro kayapó se inclinava sobre o manancial. Quis ser seu amigo. Deixou-se cair sobre o guerreiro e o abraçou. Como não conhecia o idioma dos kayapó, falou ao guerreiro com as mãos. As carícias do morcego arrancaram do homem a primeira gargalhada. Quanto mais ria, mais fraco se sentia. Tanto riu que, no fim, perdeu as suas forças e caiu desmaiado. Quando se soube na aldeia, houve fúria. Os guerreiros queimaram um montão de folhas secas na gruta dos morcegos e fecharam a entrada. Depois, discutiram. Os guerreiros resolveram que o riso fosse usado semente pelas mulheres e crianças.”
O Riso, crônica de Eduardo Galeano
Publicado quarta-feira, 10 de março de 2010 às 4:35 pm e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.