Arquivo de setembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Qual dos lapsos é mais grave?

a. Chegar meia hora atrasado sem avisar.
b. Ligar uma hora antes para avisar que vai atrasar duas horas.
c. Ligar cinco minutos antes para avisar que vai atrasar uma hora.
d. Ligar 15 minutos atrasado avisando que vai atrasar outros 15 minutos.
e. Ligar duas horas antes para avisar que não vai.

A partir do blog Peçanha Leitão

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Príncipe desencantado


Cartum de Miguel Paiva
(clique na imagem para ampliá-la) 

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Com ou sem pressa?

Dizem que, quando está prestes a bater as botas, o moribundo vê o filme da própria vida.
Minha dúvida é: a morte chega logo após o “The End” ou aguarda que se exibam os créditos finais?

A partir de um cartum de Arnaldo Branco 

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Voyeurismo eleitoral

“E esse escândalo da filha do Serra? Escândalo chato: cartório, papel. Eu quero sexo. Eu quero sexo e sangue. Eu quero saber quem comeu quem. Eu quero quebrar o sigilo da Cleo Pires!”

Do humorista José Simão

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

É uma empresa de capital e supercílios abertos?


“Sou muito feliz por não trabalhar neste andar.”

Da revista The New Yorker
(clique na imagem para ampliá-la)
Dica de Ricardo Lombardi

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A inépcia do sistema público de saúde

– Onde você estava, menina?, perguntou a mãe à filha de 11 anos.
– No quarto, brincando de médico com o Rafael.
– De médico?!? Com o Rafael?!?
– Calma, mãe! Era médico do SUS. Ele não me atendeu.

Dica de Roberval Lima 

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Tédio mata?

“Mais um dia cinza em São Paulo
O meu coração quer tudo e nada quer”

Trecho de Mais um Dia Cinza em São Paulo, de Zeca Baleiro

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Idade do lobo

Uivo. Mas ainda mordo?

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Na montanha do Toblerone, mora um urso ou uma raposa?


Há quem diga que ali vive um urso:
]
E há quem veja uma raposa:

A partir do blog Peçanha Leitão

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Camaleão

“- Moço, me dá um cigarro?
A voz era sumida, quase um sussurro. Permaneci na mesma posição em que me encontrava, frente ao mar, absorvido com ridículas lembranças.
O importuno pedinte insistia:
– Moço, oh! moço! Moço, me dá um cigarro?
Ainda com os olhos fixos na praia, resmunguei:
– Vá embora, moleque, senão chamo a polícia.
– Está bem, moço. Não se zangue. E, por favor, saia da minha frente, que eu também gosto de ver o mar.
Exasperou-me a insolência de quem assim me tratava e virei-me, disposto a escorraçá-lo com um pontapé. Fui desarmado, entretanto. Diante de mim estava um coelhinho cinzento, a me interpelar delicadamente:
– Você não dá é porque não tem, não é, moço?
O seu jeito polido de dizer as coisas comoveu-me. Dei-lhe o cigarro e afastei-me para o lado, a fim de que melhor ele visse o oceano. Não fez nenhum gesto de agradecimento, mas já então conversávamos como velhos amigos. Ou, para ser mais exato, apenas o coelhinho falava. Contava-me acontecimentos extraordinários, aventuras tamanhas que o supus com mais idade do que realmente aparentava.
Ao fim da tarde, indaguei onde ele morava. Disse não ter morada certa. A rua era o seu pouso habitual. Foi nesse momento que reparei nos seus olhos. Olhos mansos e tristes. Deles me apiedei e convidei-o a residir comigo. A casa era grande e morava sozinho _ acrescentei.
A explicação não o convenceu. Exigiu-me que revelasse minhas reais intenções:
– Por acaso, o senhor gosta de carne de coelho?
Não esperou pela resposta:
– Se gosta, pode procurar outro, porque a versatilidade é o meu fraco.
Dizendo isto, transformou-se numa girafa.
– À noite _prosseguiu_ serei cobra ou pombo. Não lhe importará a companhia de alguém tão instável?
Respondi que não e fomos morar juntos.”

Trecho de Teleco, o Coelhinho, conto de Murilo Rubião
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