“Birthday, death day
what day is not both?”

Trecho de um poema de John Updike

– Você enxerga o oceano daqui?
– Não.
– Então tire o colete salva-vidas!

A partir de um quadrinho de Charles M. Schulz

Antes houvesse amado o labirinto
o seu desenho, o engenho – o infinito
que escorregar por esse amor escuro
em cujo centro me devoro eu mesmo?

A partir do poema Ariadne em Naxos, de Francesca Angiolillo

“Queria ser pandeiro
Pra sentir o dia inteiro
A tua mão na minha pele a batucar”

Trecho de São Coisas Nossas, canção de Noel Rosa

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Sisyphus’ Labour, video de Milena Galli
A pergunta se baseia em um poema sem título de Manoel de Barros

Ilustração de Luiza Pannunzio
(clique na imagem para ampliá-la)

“Se você me ama, por que não se concentra?”

Da poeta Ana Cristina Cesar

Ver para crer ou crer para ver?

“demora-me o medo a ponto de me deixar vincada.
pela primeira vez não quero a felicidade.
pudesse aparava a tristeza com as mãos para entorná-la
_ também não me serve a tristeza _
não me pergunte se me sinto melhor ou se tenho certeza.
será tão difícil conceder-me uns minutos  (semanas) de sofrimento?
não, eu não quero me abrir, eu não quero sair, não quero presentes.
eu só quero que doa.
que deus me permita sangrar em torrentes
e não deixe afrouxar o nó que se dá na garganta.
quero sentir apertar o diafragma até que o ar me falte.
eu quero que o ar me falte.
e que o chão me falte pra que eu não possa me encolher chorando.
conceda-me, deus, soluçar até que o som nebline.
eu quero ser trapo.
farelo.
migalha.
deus, conduza-me a nada.”

Além Dor, poema de Júlia Medeiros 

Dica de Dani Arrais