Existes ou te inventei?
“Toco tu boca, con un dedo toco el borde de tu boca, voy dibujándola como si saliera de mi mano, como si por primera vez tu boca se entreabriera, y me basta cerrar los ojos para deshacerlo todo y recomenzar, hago nacer cada vez la boca que deseo, la boca que mi mano elige y te dibuja en la cara, una boca elegida entre todas, con soberana libertad elegida por mí para dibujarla con mi mano por tu cara, y que por un azar que no busco comprender coincide exactamente con tu boca que sonríe por debajo de la que mi mano te dibuja.”
“Toco tua boca, com um dedo toco a borda da tua boca, vou desenhando-a com se saisse de minha mão, como se pela primeira vez tua boca se entreabrisse, e me basta fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar, faço nascer cada vez a boca que desejo, a boca que minha mão elege e te desenha no rosto, uma boca elegida entre todas, com soberana liberdade elegida por mim para desenhá-la com minha mão por tua face, e que por um azar que não busco compreender coincide exatamente com tua boca que sorri por debaixo da minha mão que te desenha.”
Eu queria ter lido o livro na biblioteca de BsAs. Mas o sofá era muito confortável e eu acabei dormindo no sol da tarde.