Uma amiga me telefonou ontem, divididíssima: “Vou de chinelinho ou sandalinha?”. Invoquei o sagrado direito de permanecer em silêncio.
Uma amiga me telefonou ontem, divididíssima: “Vou de chinelinho ou sandalinha?”. Invoquei o sagrado direito de permanecer em silêncio.
– Não se preocupe, querida. Caymmi já dizia que é doce morrer no mar.
– Doce?! Justo agora que comecei um regime…
“hoje preciso de coisas simples:
um prego
um martelo
uma tábua”
Sabe o que mais me assusta quando penso na morte? Que morrer significa uma quebra brutal de rotina.
“A página inicial do Google pergunta para quem o visita o que ele quer da rede. Isso fazia sentido na virada do século. Hoje em dia, com a tonelada de informações que recebemos, não. Não queremos descobrir coisas novas. Nos anos 10 do século 21, queremos que nos digam o que vale a pena. Eis a sacada do Facebook, que cresceu muito no último semestre: em vez de perguntar o que o internauta quer, o site oferece dicas de amigos.”
Ontem à tarde, minha sobrinha de 11 anos me procurou pela internet. Menos eloquente do que o habitual, fez um pedido: “Coloque uma florzinha diante do seu nome no MSN. É para homenagear as crianças que morreram hoje. Lá no Rio, você sabe…” Depois, contou que iria espalhar a solicitação por toda a rede. “Espalhe você também”, sugeriu. Ficou uns bons minutos sem dizer nada e, então, perguntou: “Tio, você consegue me explicar o que, afinal, aconteceu naquela escola?”
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