– Até eu poderia ter criado isso, desdenhou o rapaz diante de uma instalação.
– É, mas você não criou…
– Até eu poderia ter criado isso, desdenhou o rapaz diante de uma instalação.
– É, mas você não criou…
Matou-se por medo da morte.
“Estava eu em Nova York lançando o filme O Que É Isso, Companheiro? quando, em um jantar com a Lucy e o Luiz Carlos Barreto, li no cardápio a opção Slow Cooked Kid. Um pouco chocada com a ideia de que cozinhavam crianças devagarzinho em Manhattan, perguntei o que era kid para o garçom. Era bode, me explicou ele. Quando chegou o meu bode cozido lentamente, senti um cheiro estranho no ar. Polida, encarei o pedido sem reclamar. Luiz Carlos, nordestino curioso, pediu para provar a versão americana da iguaria de sua terra natal. Quando sentiu o mesmo gosto esquisito, me mandou parar de comer, chamou o garçom e repetiu algumas vezes entre o inglês e o português retado: ‘The bode is no good. You don’t know how to remove the nhaca from the bode. You have to remove the nhaca‘.”
“Palocci é o Eike Petista.”
– Cê falô?
– Num falei.
– Cê falô!
– Num falei!
– Cê falô!!
– Num falei!!
Cefaleia
“Escritores, mesmo os de aparência mais inofensiva, são perigosos. Quando se encontram em processo criativo (…), não se pode contar com eles para nada. Estão sempre ocupados, escrevendo. Ou pensando sobre o que escreveram ou vão escrever. Não lhes diga que podem parar um instantinho para isso ou aquilo. Não podem. Não repita a pergunta que eles não escutaram por estarem distraídos pensando em outra coisa. Eles nunca vão te responder. Aliás, entenda de uma vez: escritores nunca estão distraídos. Não se engane. Eles simplesmente estão em outro lugar. Não por distração, como se tivessem escorregado deste mundo para outro, mas por escolha.”
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