A noite só consegue dormir de dia?
“Pessoas sensíveis e corretas também podem desamar, ou o amor pode desviar o olhar. Se a parte física do amor acaba e fica só a amizade segurando a relação, o amor pode ter olhos para outro amor — e aí, vai calar? São as pessoas que celebram compromissos e juras; o amor, eterno enquanto dura, nem sempre assina embaixo. O amor se compromete é com a atenção, a gentileza, o bom humor, o carinho, o calor, o desejo satisfeito, a mesa essencial, a solidariedade, o capricho na relação. Tudo isso pode faltar, e então os olhos procuram outros olhares.”
“um
dois
três
o juro: o prazo
o pôr / o cento / o mês / o ágio
porcentágio.
dez
cem
mil
o lucro: o dízimo
o ágio / a mora / a monta em péssimo
e m p r é s t i m o.
muito
nada
tudo
a quebra: a sobra
a monta / o pé / o cento / a quota
h a j a n o t a
agiota.”
“Marcelo não gosta de relacionamento sério. Prefere um divertido.”
Se faltar carinho? Ninho.
Se tiver insônia? Sonha.
Se faltar a paz? Minas Gerais.
Se tiver vontade? Chama.
Se ficar sozinho? Pega a solidão e dança.
“porque você é a ideia mais perfeita de deus,
porque me bato nas paredes, quero gritar
nas ruas, porque não importa a chuva, a falta
de luz na cidade, os mortos pobres do Haiti,
porque estou aqui, pensando o que eu faço
com essa mulher que vai embora enquanto
eu ficarei com toda essa maravilhosa carga
de quem tocou no fogo azul incomensurável
que não chega a queimar a pele, mas deixa
marcas do que teimamos em não chamar,
jamais chamar de amor, porque não sei mais
chamar o que me chama cada dia mais perto
enquanto perdemos os dias, exaustos, loucos,
e aqui morro de asma na calçada de teus pés.”
“Para Adilza Condessa Dode, doutora em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais, a classificação ‘possivelmente cancerígena’ que a OMS conferiu à radiação emitida por antenas de telefone celular já basta para a adoção do chamado Princípio da Precaução, que diz que, se ainda não há certeza sobre danos que uma tecnologia causa à saúde, é melhor adotar medidas restritivas do que esperar até que aconteça o pior. Em sua tese de doutorado, defendida no ano passado, Adilza relacionou as mortes por câncer acontecidas em Belo Horizonte entre 1996 e 2006 com a proximidade da residência dos doentes a antenas de telefonia móvel: 93% dos casos das mortes ocorreram a até 500 metros de alguma antena. Foram analisados só casos de câncer que a literatura médica já sabe estarem relacionados à ação do campo elétrico gerado pela radiação, como de mama, pele, próstata, pulmão e fígado. Com sua pesquisa, Adilza alerta que o problema da radiação do celular na verdade são dois: a alta radiação emitida quando o aparelho é usado para fazer ligações e o longo tempo de exposição a campos eletromagnéticos mais fracos criados pelo sistema de antenas de celulares, radares, rádios e TVs. Para a engenheira, a poluição eletromagnética é o maior problema ambiental do século 21, principalmente porque ainda não se tem certeza dos efeitos que ela pode causar.”
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