Arquivo de dezembro de 2011

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

E se, de repente, os publicitários tivessem um ataque de franqueza?




Do blog Slogans Sinceros

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Por que nos contentamos em reduzir o mundão da internet a um mundinho?

“A escola é o lugar da transmissão e da regra, mas nela somos forçados a aprender o que não sabemos e mesmo o que não queremos, e só essa obrigação é capaz de alargar o nosso conhecimento. O aprendizado depende de esforço. Já na internet, procuramos o que já conhecemos, ou o que tem algo a ver com o que já conhecemos. O interesse das novas corporações é capitalizar esse prazer, não contradizê-lo. Em princípio infinita, a amplitude do campo de conhecimento na internet, pelo próprio modo da busca, passa a ser repetitiva e limitada, homogeneizante. A ausência de hierarquias culturais e subjetivas faz parte do próprio princípio de busca na internet. E é revelador que a grande invenção, imediatamente patenteada pelo Google, tenha sido um algoritmo que permitiu estabelecer uma nova regra de ordenação nos sites de busca, uma nova hierarquia, baseada no cruzamento dos sites e páginas individuais mais acessados, num sistema que se autorreproduz, associando prestígio e valor ao número de links e acessos.”

Trecho de Em Defesa da Obra, artigo do romancista Bernardo Carvalho

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O refinamento verbal anda mais ameaçado do que as baleias?

“Queria pedir que, além dos índios, das plantas e da Chevron, a ecologia também se ocupe das palavras. Que salvem da extinção os argumentos lógicos, e a ironia seja preservada das reticências e exclamações, e o humor se liberte da gramática do Twitter, e se proteja o sentido histórico de termos como censura, nazismo, fascismo e stalinismo. Nada disso livrará o mundo da obtusidade, da polícia de opinião e dos juízes públicos de condutas privadas, mas não percamos a esperança de que _como a etiqueta, o pudor e um certo nível de asseio_ uma linguagem reflorestada possa ao menos melhorar o convívio.”

Do escritor Michel Laub

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Qual o tamanho ideal do afeto?

“Não me ame tanto
Eu tenho algum problema com amor demais”

Trecho de Não me Ame Tanto, canção de Karina Buhr
Interpretada pela própria Karina

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Traído pelo arbítrio

Para provar-se livre
(por quê?)
teimava em desafiar
o próprio querer
e sempre fazia o gesto
que não desejava fazer.
Acabou fragmentado e cativo
da liberdade que alardeava ter.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Independência é um eufemismo para solidão?

Tirinha de Charles Schulz
Dica de Laila Abou Mahmoud
(clique na imagem se quiser ampliá-la)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O troco

“Por simples acaso, dois desconhecidos encontraram-se despencando juntos do alto do Edifício Itália, no centro de São Paulo.
– Oi – disse o primeiro, no alvoroçado início da queda. – Eu me chamo João. E você?
– Antônio ­– gritou o segundo, perfurando furiosamente o espaço.
E, só pra matar o tempo do mergulho, começaram a conversar.
– O que você faz aqui? – perguntou Antônio.
– Estou me matando – respondeu João. – E você?
– Que coincidência! Eu também. Espero que desta vez dê certo, porque é minha décima tentativa. Há anos venho tentando. Mas tem sempre um amigo, um desconhecido e até bombeiro que impede.Você afinal está se matando por quê?
– Por amor – respondeu João, sentindo o vento frio no rosto. – Eu, que amava tanto, fui trocado por um homem de olhos azuis. Infelizmente só tenho estes corriqueiros olhos castanhos…
– E não lhe parece insensato destruir a vida por algo tão efêmero como o amor? – ponderou Antônio, sentindo a zoada que o acompanhava à morte.
– Justamente. Trata-se de uma vingança da insensatez contra a  lógica – gritou João num tom quase triunfante. – Em geral é a vida que destrói o amor. Desta vez, decidi que o amor acertaria contas com a vida!”

Trecho do conto Dois Corpos que Caem, de João Silvério Trevisan
Dica de Daniela De Lamare

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Bola de cristal

– O que você vai ser quando crescer?
– A resposta.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Com quantas mentiras se constrói um casamento feliz?

Dica de Barbara Heckler

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Buscar explicações para a vida é um modo de negá-la?

“há
é certo que sim
que há
inexplicações tão
acertadas e bem feitas
que a vida sem elas
posso dizer
não existe”

Poema sem título de Dora Ribeiro
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