Dilma Rousseff em novembro de 1970, aos 22 anos, enquanto depunha no Rio de Janeiro
sobre sua participação na luta armada. A presidente submeteu-se ao interrogatório militar
após mais de 20 dias de tortura. A foto está no livro A Vida Quer É Coragem,
que o jornalista Ricardo Amaral lança ainda em dezembro
– Odeio o ódio!
– Qualquer tipo de ódio?
– Claro!
– Inclusive o ódio do ódio?
Quem você pensa que é para bagunçar a minha sozinhês?
– Preciso de um remédio agora!
– Contra o quê?
– Contra a falta de remédio…
O industrial mais rico da cidade nunca doou nada para os desabrigados locais. Por isso, a diretora da instituição que cuida deles resolveu procurá-lo.
– Nossos levantamentos demonstram que o senhor lucra anualmente cerca de 30 milhões e, mesmo assim, jamais nos ajudou. O senhor gostaria de contribuir agora?
– Por acaso, o levantamento de vocês indica que minha mãe caiu doente e que as contas médicas da coitada são exorbitantes?
– Não…
– Ou que meu irmão caçula é cego e está desempregado?
– Também não…
– Ou que meu cunhado morreu num acidente de carro e deixou minha irmã sem um tostão, mas com cinco filhos para criar? Ou que meu pai vive numa cadeira de rodas? Ou que tenho dois sobrinhos com necessidades especiais? Ou, ainda, que meu irmão mais velho pediu falência e perdeu tudo?
– Não, não sabíamos de nada disso. Desculpe…
– Pois então. Se não dou um centavo para nenhum dos meus parentes, por que daria para vocês?
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