Arquivo de janeiro de 2012

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Bafômetro

– Eu não estava bêbado ontem!
– Ô se estava…
– Tem prova?
– Mano, você pulou no mar e disse: “Foda-se! Vou procurar o Nemo!”

A partir de um cartum na internet, cujo autor não consegui identificar
Dica de Barbara Heckler

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Qual a cor da maldade?

Dica de Amanda Kamanchek

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Quem gosta de fast não gosta de food?

“A pressa é inimiga da refeição.”
Extraído de um cartaz num restaurante baiano, em São Paulo

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Por que Michel Teló nos pegou?

“Entendo o que o público sofisticado quer dizer. Como tantos outros, sou saudosista. Gosto de escrever em Times New Roman, como se fosse uma caligrafia minha, vício decorrente de minha teimosia em continuar a escrever à mão. Escrevo em Times New Roman assim como adoro povoar o meu jardim com sambas de Cartola, Chico Buarque, Brancura e Marçal. No dicionário da música, ainda estou na letra B: ouço Bach, Brahms, Berg, Beethoven. Bem entendido, é apenas o meu jardim. Por vezes ele é invadido por ruídos de máquinas e hits das baladas sertanejas hoje em moda, como foi antes tomado pelo funk, o pagode, o tecnobrega, o rock e o pop mais desqualificado. Não raro, essas músicas entram no meu quintal e acabo me divertindo com elas. Às vezes tudo o que eu sou obrigado a ouvir é Eu te Amo e Open Bar, o novo sucesso de Michel Teló. Eu não sou surdo. Não sou de aço.
Minha própria condição de jardineiro infiel me leva à dedução de que aquilo que o público sofisticado quer dizer não se coaduna com a realidade. Estamos na segunda década do século 21. A expressão popular se alterou profundamente com a imensa quantidade de informação trazida pelas novas tecnologias, como a interconexão planetária imposta pela internet. O brega se juntou ao tecno, o samba ao funk, o forró ao eletrônico – e assim ad nauseam, numa inevitável corrente de acasalamentos artísticos, ideológicos e culturais. Vamos nos cingir ao caso do Brasil: uma nova classe média se alevanta, e com elas, seus valores mais queridos. A nova classe média antes respondia pelo gosto popular. Mas agora ela dá as cartas, tornou-se determinante (mainstream é o termo em voga) em ditar gosto, modos de vida e comportamento. Atitudes e palavras que talvez repugnem a elite, mas que nunca deixaram de fazer parte dos valores populares, e agora penetram insidiosamente nos hábitos e folguedos da classe dominante globalizada.
Essa promiscuidade do imaginário é o que músicos como Teló, Luan Santana e Gusttavo Lima refletem e trazem à tona com força transformadora. Refrãos como o de Balada Boa, gravada por Gusttavo Lima, já são sucesso do verão e traduzem os vocabulário dos jovens nas baladas sertanejas, que viraram arenas de liberdade e sexo: ‘Gata, me liga, mais tarde tem balada, quero curtir com você na madrugada: dançar, pular, que hoje vai rolar o tchê tchererê tchê tchê’. Gestos obscenos como os de Ai, Se Eu te Pego são repetidos mundialmente, em versões as mais inusitadas. É repugnante – e irresistível.”

Trecho do artigo Sertanejos Universais, de Luis Antonio Giron

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Cracolândia

Quadrinho de Quino
(clique na imagem para ampliá-la)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Jamais perdemos um amigo?

“A amizade, não importa a trajetória, o drama ou a felicidade, a ausência ou a permanência, a justiça ou a injustiça, a disputa ou a pacificação, o abraço ou o afastamento, será um lugar do qual nunca se retorna. Ela permanece na memória. Seu motor é a lembrança.”

Trecho do artigo O Que Não se Sabe sobre Daniel Piza, de Marcelo Rezende

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Louvar os mortos é ainda um modo de lhes tirar a vida?

“Há algumas palavras que quase não se veem, raramente se escutam, parecem ter existido antes para depois não se mostrarem mais presentes. Deixam de maneira lenta e silenciosa, ou repentina e ruidosa, de pertencer a uma experiência comum repartida entre aqueles que nelas encontraram um significado, um desafio, uma explicação, a possibilidade da tradução de um sentimento misterioso, inexplicável mesmo para aquele que sente. Assim como as pessoas, uma hora está. No instante seguinte, resta apenas a ausência. Panegírico é uma palavra assim. Trata-se de um discurso, de uma louvação, a homenagem pública a alguém ou a algo. É geralmente aquilo que os vivos decidem realizar quando estão diante da evidência concreta da morte. O Panegírico é o elogio. Não raramente, o último elogio. E talvez mais. Sua missão, sua natureza, supera o elogio, porque mesmo o elogio permite a contradição, o contraponto infeliz na existência de alguém e do personagem desse mesmo alguém. Um ato supremo de hipocrisia, então? Possivelmente, sim. ”

Trecho do artigo O Que Não se Sabe sobre Daniel Piza, de Marcelo Rezende
 Para lê-lo na íntegra, clique aqui

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

E se Freud tivesse uma piscina?

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Casa imprópria

“Ap. 925 – Bloco E
dentro de sete dias
serei despejado
deste amplo apartamento
de vinte metros quadrados
puta sacanagem
perder esta janela
sem sol
ou paisagem
fora os nove lances
de escada
e as pastilhas
que se jogam
da fachada
(desperdício
ou
suicídio?)
ficar sem o mofo
as infiltrações as pulgas
e esta bela vista
do fosso
que recolhe toda a chuva
para irrigar
minhas rugas”

Conjunto Habitacional Esperança, poema de Iacyr Anderson Freitas

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Pauliceia recalcada?

São Paulo é o juiz do Brasil.

A partir de uma conversa com Alcino Leite Neto
Contato | Bio | Blog | Reportagens | Entrevistas | Perfis | Artigos | Minha Primeira Vez | Confessionário | Máscara | Livros

Webmaster: Igor Queiroz