“O psicólogo, professor e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Heloani, conseguiu levantar um perfil devastador sobre como vivem os jornalistas e por que adoecem. O trabalho ouviu dezenas de profissionais de São Paulo e Rio de Janeiro, a partir do método de pesquisa quantitativo e qualitativo, envolvendo profissionais de rádio, TV, impresso e assessorias de imprensa. E, apesar da amostragem envolver apenas dois Estados brasileiros, o relato imediatamente foi assumido pelos delegados ao Congresso de Santa Catarina – que aconteceu de 23 a 25 de julho de 2010 – evidenciando assim que esta é uma situação que se expressa em todo o país.
Segundo Heloani, a mídia é um setor que transforma o imaginário popular, cria mitos e consolida inverdades. Uma delas diz respeito à própria visão do que seja o jornalista. Quem vê a televisão, por exemplo, pode criar a imagem deformada de que a vida do jornalista é de puro glamour. A pesquisa de Roberto tira o véu que encobre essa realidade e revela um drama digno de Shakespeare. Deixa claro que, assim como a absoluta maioria é completamente apaixonada pelo que faz, ao mesmo tempo está em sofrimento pelo que faz, o que na prática quer dizer que, amando o jornalismo, eles não se sentem fazendo esse jornalismo que amam, sendo obrigados a realizar outra coisa, a qual odeiam. Daí a doença!”
“Ainda que por cavalo me tomem
Que estes, então, não me domem
Porque quem domar pode o homem
Quem nunca o animal domar pôde?
E, logo, quem não domar pode
O bicho ou homem, então como
Domar-me, se a mim não me domo?”
“vá
pode ir
dê voltas pelo mundo
faça amor aos montes
case de novo
tenha filhos
mas, daqui, de dentro de mim
você não sai”
A pior coisa de envelhecer é que a gente não envelhece?
“A mulher de hoje não está querendo tudo apenas para se desenvolver, curtir. Ela quer poder tudo. Acho que ainda há um ranço da falta de poder do século passado. Então, a mulher quer ser a melhor mãe, a mais gostosa, a melhor profissional. Se isso fosse feito como meta de desenvolvimento, tudo bem. Mas acho que as mulheres fazem isso por necessidade de controle. Eu mesma era essa mulher que achava que podia tudo. Não assumia a minha fragilidade. Se hoje consigo manter um casamento de 10 anos, é porque dependo do meu marido, apesar de não depender financeiramente dele, entendeu? Dependo que ele esteja em casa, que ele me ame, que me apoie. Assim como dependo da minha mãe, dos meus amigos, do meu pai. (…) Tive que me afastar de amigas para viver bem no meu casamento. Quando uma amiga via um conflito entre mim e o meu marido, já falava: ‘Mas você não precisa disso! Esse cara, quem ele pensa que é?’. (…) As mulheres estão se isolando em um trono. Como disse, vivi em um pedestal por 35 anos. Eu era esse estereótipo de mulher que ganhava bem, malhava, corria. Mas chegou uma hora em que percebi que estava triste, sozinha. Não no sentido da solidão, no sentido do abandono. Nenhum homem me queria. Claro, que homem quer uma deusa?”
“- Se um ET aparecesse na sua frente e pedisse ‘leve-me ao seu líder’, a quem você o levaria?
– Eu diria para ele abordar uma pessoa com mais certezas.”
“fui assaltado pelo tempo
ele levou meu coração
com ela dentro”
Webmaster: Igor Queiroz