Deveríamos pagar direitos autorais para compositores de músicas que não nos saem da cabeça?
Deveríamos pagar direitos autorais para compositores de músicas que não nos saem da cabeça?
“Neste planeta terráqueo
Acontece o impossível
O imprevisto vislumbra
Não há nada imprevisível
Pros seres globiterráqueos
Tudo no mundo é possível
Um homem já deu à luz
Perto de Minas Gerais
Um ateu de nascimento
Se amigou com Satanás
Uma moça casou com outra
No Estado de Goiás”
Se hoje o amanhã ainda não existe e se amanhã o amanhã já será hoje, quando afinal haverá amanhã?
“Não acredito muito em discos voadores, não. Sou meio cético para essas coisas sobrenaturais. Tenho um pouco de medo e de preguiça. Talvez por falta de desejo. Eu não desejo outra vida, ter um corpo astral, não desejo ir para outra dimensão. Desejo o aqui. Tenho horror de adivinhação do futuro. Sou cético. Mas sou místico também. Acho que tem muito mistério. Sinto a dimensão do mistério. Mas não acredito racionalmente em reencarnação. Acho tudo isso um saco. Este momento único é só este e não quer dizer nada. Isso também é difícil de aceitar. É mais difícil. Que é só isso e fim. Que não tem mais nada e não significa nada para ninguém. Não faz sentido em relação a outras coisas do Universo. Nada. É um acaso. Não está sendo filmado, não tem um diretor, não tem nada. É assim mesmo. É isso aqui. É um abismo total. Tem que ser místico até pra sentir isso. Tem que ser zen. Não tem explicação. Não faz sentido. Não é para fazer sentido.”
“Enterrei vivo meu amor
Para ele agonizar até morrer”
“Há muito que pensar sobre o que significa o crédito e a forma como vem sendo utilizado (…). A racionalidade econômica da sociedade moderna reza que quanto mais consumo, mais produto, mais renda e mais emprego. Sem consumo, ou com consumo refreado, as expectativas de lucratividade se deprimem, os investimentos minguam, o produto encolhe, contingentes enormes de pessoas são demitidas e têm suas vidas desestruturadas. É para evitar esse tipo de coisa, ou minorar esses fenômenos e as agruras que eles provocam, que os governos recorrem ao… crédito. Portanto, em nossa sociedade, as coisas só andam bem no quesito econômico quando consumimos irrestritamente, por funestas que sejam as consequências desse consumo irrefreado sob todos os outros pontos de vista. Assim, se é absolutamente racional da perspectiva do andamento da economia ampliar o acesso ao automóvel particular, é completamente irracional fazê-lo do ponto de vista ambiental, da utilização dos recursos naturais, da sanidade do ambiente urbano, entre tantos outros aspectos que poderíamos citar. Mas isso não é privilégio do automóvel: qual é a lei que nos obriga a consumir muito mais vestuário do que seria necessário (a cada ano as coleções mudam!), muito mais engenhocas eletrônicas, muito mais bugigangas de toda ordem? Tudo isso não parece absolutamente irracional sob qualquer outra ótica que não a puramente econômica? A essas alturas alguém poderia observar que estamos esquecendo o elo principal de toda essa cadeia, aquilo que torna racional toda essa irracionalidade: todas essas coisas são produzidas para atender às necessidades humanas. Mas não há nesse contexto uma inversão? Hoje, na maior parte dos casos, em particular nas sociedades mais abastadas, os homens parecem mais escravos das coisas do que seus beneficiários. O caráter contraditório do crédito não é estranho a essa sociedade na qual, a depender do ângulo em que se olha, tudo parece de cabeça para baixo.”
Jornalista certamente escreve o que ouve. Mas escreverá o que de fato houve?
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