Arquivo de agosto de 2012

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Corpo e alma necessariamente se espelham?

Quadrinho de Charles Schulz

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Escritores não passam de uns esnobes?

“Darcy começou a falar, engraçada, pitorescamente. Curioso alguém se interessar em como ele havia vencido o câncer. Despejou tudo de uma vez, quase tudo. Ou: o trânsito ridículo de médicos estrangeiros que lhe escondiam a doença, dizendo tuberculose. Ridículos, principalmente em Paris, onde ele exigia ver e ouvir os resultados de todos os exames. (…) Então revelou, sem modéstia. Não acreditava em suas habilidades literárias a ponto de produzir algo útil ou de exemplaridade sobre o capítulo do câncer, provavelmente o mais cavernoso (uma caverna no peito) de sua vida.
– Mas se o senhor escrevesse como fala…
As pessoas não escrevem como falam. Comportam-se, disciplinam-se, empostam-se. Há imposturas, a naturalidade vai embora, ninguém perde a chance de parecer inteligente, espirituoso, um homem que, de certo, está acima dos outros.”

Trecho de Olá, Professor, Há Quanto Tempo!, reportagem de João Antônio publicada pelo Jornal Panorama em março de 1975, durante a ditadura militar.  A matéria tem como protagonista o antropólogo Darcy Ribeiro, que retornava do exílio para cuidar de um câncer no pulmão  

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Aquele que nunca falha

“- Se um ET aparecesse na sua frente e pedisse ‘leve-me ao seu líder’, a quem você o levaria?
– Ao Chocottone.”

Do escritor Marcelino Freire, em entrevista para o jornal Rascunho 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Quase um Paulo Autran

Quadrinho de Angeli

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Algo ainda mais surpreendente? 749

“Clarice Lispector conoce a Pablo Neruda en Río de Janeiro. Ella le dice que es muy tímida para pedir entrevistas. Él le dice qué tontería y le pide ver las preguntas. Ella le entrega la página donde las ha apuntado. Él le dice que son muy buenas preguntas y que lo busque al día siguiente. Al día siguiente, Neruda ya había respondido las preguntas. Después Lispector escribe en su crónica de este encuentro: ‘Las respuestas eran sucintas. Tan frustrante recibir una respuesta corta a una pregunta larga’. En una, por ejemplo, Lispector le pregunta: ‘Diga algo que me sorprenda’. Y Neruda le responde: ‘748’.”

Do Facebook de Julio Villanueva Chang, jornalista peruano

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

É ou não é o purgatório da beleza e do caos?

Da série The World in 2 Minutes
Dica de Carolina Resende Gonçalves 
A pergunta se inspira na canção Rio, 40 Graus, de Fausto Fawcett, Fernanda Abreu e Laufer
Interpretada por Fernanda Abreu

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Elas sempre dão um jeito de se infiltrar?

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Ainda acredita no antropocentrismo?

“O humanismo é uma forma limitada de pensar o grupo dos humanos, que vejo como dependentes de muitos outros seres que não são humanos. Uma definição que isole o humano dos seres que o fabricam – tanto as divindades religiosas quanto as coisas com as quais os humanos vivem, como as árvores, mas também o alumínio para fazer talheres, por exemplo – é uma visão estreita. A perspectiva humanista foi legítima em uma determinada época, se falarmos do humanismo da metade do século 19  até a metade do século 20, antes que os ecologistas tenham chamado nossa atenção para o problema ambiental. Mas hoje não faz mais nenhum sentido falar em humanismo. (…) Os humanos são envolvidos por muitos outros seres, e a ideia de que uma pessoa age autonomamente, com seus próprios objetivos, não funciona nem na economia, nem na religião, nem na psicologia, nem em nenhuma outra situação. Portanto, a pergunta que se coloca é: quais são os outros seres ativos no momento em que alguém age? A antropologia e a sociologia que tento desenvolver se ocupam da pesquisa desses seres. Eu posso colocar a questão de um modo inverso: como, apesar das evidências de todos os numerosos seres que participam de uma ação, continua-se a pensar como se o único ator fosse o humano dotado de uma psicologia, ciente de si mesmo, calculador, autônomo, responsável?”

Do antropólogo francês Bruno Latour

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Quanto mais intimidade, menos felicidade?

Quadrinho de Adão Iturrusgarai

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Somos todos prisioneiros de um aqui sem ali?

“Conhece da humana lida
a sorte:
o único fim da vida
é a morte
e não há, depois da morte,
mais nada.
Eis o que torna esta vida
sagrada:
ela é tudo e o resto, nada.”

O Fim da Vida, poema de Antonio Cicero
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