Arquivo de outubro de 2012

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Não é estranho que tudo mude se nada mudou?

“Oh, my love, for the first time in my life
My eyes are wide open
Oh, my lover, for the first time in my life
My eyes can see
 
I see the wind, oh, I see the trees
Everything is clear in my heart
 I see the clouds, oh, I see the sky
Everything is clear in our world
Oh, my lover, for the first time in my life
My mind is wide open
Oh, my love, for the first time in my life
My mind can feel
 
I feel the sorrow, oh, I feel dreams
Everything is clear in my heart
I feel life, oh, I feel love
Everything is clear in our world”
Oh, My Love, canção de John Lennon e Yoko Ono
Interpretada por John e George Harrison em 1971

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Às vezes, a vida não parece um filme do David Lynch?

 HQ de Laerte

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Injustiça eleitoral

– Sou teu pai e te proibo de sair à noite.
– Quem te elegeu pai?
– Tua mãe, a genética e a sorte.
– Quero recontagem. 

A partir de um cartum de Luis Fernando Verissimo

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Autoengano

Se a ajuda vem dos livros, por que insistimos em falar “autoajuda”?

Dica de Maria Helena Chagas

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Lugar comum

Não vê? Onde quer que os homens se sentem
sentam poltrona, qualquer o assento.
Sentam poltrona: ou tábua-de-latrina,
assento além de anatômico, ecumênico,
exemplo único de concepção universal,
onde cabe qualquer homem e a contento.

A partir de Sobre o Sentar-/-Estar-no-Mundo,
poema de João Cabral de Melo Neto

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Mau agouro

– Deus me livre de usar terno!
– Por quê?
– É uma roupa que está sempre relacionada com tragédia: ou enterro, ou casamento.

Entreouvido no metrô, em São Paulo

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Passam os anos, mas os dilemas da infância permanecem?

“Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou se fico tranquilo.”

Trecho de Ou Isto Ou Aquilo, poema de Cecília Meireles

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sobre o adiantado da hora

“Quando me  descobri velho? Foi há 20 anos. Estava em São Paulo, peguei o metrô, estava lotado. Eu era jovem, pernas fortes, segurei no balaústre e comecei a olhar para os rostos das pessoas. Rostos contam histórias. Olhando para as pessoas você pode imaginar contos, muitas coisas. Eu estava ali, imaginando as crônicas que poderia escrever, quando vi uma moça me olhando com mansidão, quase com ternura. Eu fiquei comovido com aquele olhar. Eu olhava para ela, ela olhava para mim. Percebi que ela devia estar comovida com a minha presença. Houve um momento de suspensão romântica. Pensei: manchete do meu conto — ‘Rubem Alves encontra inesperadamente no metrô o grande amor de sua vida’. Comecei a ter fantasias. Foi nesse momento que ela me fez um gesto de carinho. Ela se levantou e me ofereceu o lugar. Quando ela fez isso, é como se dissesse para mim: o senhor (certamente ela estava pensando em senhor, não em você) não pertence ao meu mundo. O senhor deve ter pernas bambas. Naquele instante eu percebi que estava perto dela, mas estava muito longe dela. Ela era uma moça e eu era um velho.”

Do filósofo Rubem Alves

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Enquanto houver média e pão com manteiga, a imprensa está salva

“Sem as padarias, pra que servem os jornais?”

Do poeta Fabrício Corsaletti

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Sempre se pode dar um jeito de voar?

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