Arquivo de dezembro de 2012

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

As perguntas mais inquietantes de 2012

“O que significou, afinal, o julgamento do mensalão? O início de uma nova era na luta contra a corrupção no Brasil, como afirmaram com tanta ênfase elites conservadoras, ou, antes, um momento em que essas elites lograram afinal impor uma derrota a um partido político que vem governando o país há dez anos com êxito? Havia um fato inegável a alimentar o processo e suas consequências políticas. O malfeito, a compra de deputados e o uso indevido do dinheiro público existiram. Mas também é inegável que, em relação aos três principais líderes políticos condenados, não havia provas suficientes – provas que o direito penal brasileiro sempre exigiu para condenar. O STF foi obrigado a se valer de um princípio jurídico novo, o domínio do fato, para chegar às suas conclusões.
Se, de fato, o julgamento do mensalão representou grande avanço na luta pela moralidade pública, como se afirma, isso significará que a Justiça brasileira passará agora a condenar dirigentes políticos e empresariais cujos subordinados ou gerentes tenham se envolvido em corrupção. Acontecerá isso? Não creio. Como explicar que esse julgamento tenha se constituído em um acontecimento midiático que o privou da serenidade pública necessária à justiça? Por que transformou seu relator em um possível candidato à Presidência (aquele, na oposição, com maior intenções de votos segundo o Datafolha)? E por que, não obstante sua repercussão pública, o Datafolha verificou que, se a eleição presidencial fosse hoje, tanto Dilma Rousseff quanto o ex-presidente Lula se elegeriam no primeiro turno? Para responder a essas perguntas é preciso considerar que elites e povo têm visão diferente sobre a moralidade pública no capitalismo. Enquanto classes dominantes adotam uma permanente retórica moralizante, pobres ou menos educados são mais realistas. Sabem que as sociedades modernas são dominadas pela mercadoria e pelo dinheiro. Ou, em outras palavras, que o capitalismo é intrinsecamente uma forma de organização econômica onde a corrupção está em toda parte.”

Trecho de O mensalão, as elites e o povo, artigo de Luiz Carlos Bresser-Pereira 

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Crime e castigo

Franco atirador é aquele que atira e, depois, confessa que atirou?

domingo, 30 de dezembro de 2012

Seja marginal, seja herói

Ouse, ouse tudo!
Não tenha necessidade de nada!
Não tente se adequar a modelos,
nem pretenda você mesmo se tornar um modelo para ninguém.
Quer uma vida? Aprenda a roubá-la.

A partir de um poema de Lou Andreas-Salomé

domingo, 30 de dezembro de 2012

Há ficção mais engenhosa do que a realidade?

“Não sou homem de inventar coisas, e sim de contá-las.”

Do cronista Rubem Braga

domingo, 30 de dezembro de 2012

Qual a vantagem de dar tempo ao tempo?

“devagar, o tempo transforma tudo em tempo. 
o ódio transforma-se em tempo, o amor 
transforma-se em tempo, a dor transforma-se 
em tempo. 
os assuntos que julgámos mais profundos, 
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis, 
transformam-se devagar em tempo.” 

Trecho de Explicação de Eternidade, poema de José Luís Peixoto,
lido por ele próprio

sábado, 29 de dezembro de 2012

Cozinha interplanetária

Os churrascos são de Marte
e as saladas são de Vênus?

A partir de um poema de Angélica Freitas

sábado, 29 de dezembro de 2012

À procura

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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O verão põe em risco a liberdade de imprensa?

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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O que tenho a dizer sobre 2012? Foi um ano como outro qualquer…

Cartum de Caco Galhardo
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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Devoção à finitude

“Gosto do céu porque não creio que ele seja infinito.
Que pode ter comigo o que não começa nem acaba?
Não creio no infinito, não creio na eternidade.
Creio que o espaço começa numa parte e numa parte acaba
E que agora e antes disso há absolutamente nada.”

Trecho de um poema sem título de Alberto Caeiro
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