Batuque na cozinha, sinhá não quer?
“Conheci o Milton Nascimento na casa dele, apresentado pelo Geraldo Azevedo. Isso faz muito tempo. Lembro que cheguei lá, olhei pra cara dele e disse: ‘Eu vim aqui tocar com você’. Ele, com aquele jeitão de mineiro, desconfiado, de poucas palavras, olhou torto pra mim. A noite foi passando, já tinha pouca gente na casa, e alguém pediu pro Milton cantar algo. Ele começou a cantar, eu pedi licença, fui até a cozinha e voltei com as caçarolas. E o Milton só olhando, com aquele jeitão dele. Ele cantou, eu o acompanhei e no fim ele olhou pra mim e perguntou: ‘O que você vai fazer na segunda-feira?’ Entramos em estúdio e, desde então, já fizemos muita coisa juntos. Quem sofreu foi a mãe do Lô Borges, a Dona Maricota. Os encontros musicais eram na casa do Lô e, toda vez que eu ia lá, ela se queixava: ‘Naná, deixa pelo menos uma caçarola pra eu cozinhar!'”
Adorei!!
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