“Hugo Chávez era cristão e simpatizava com o socialismo cristão, assim como Rafael Correa, do Equador. Me causa espécie que agora, morto, queiram colocar o corpo do comandante Chávez, morbidamente, em uma urna de cristal para que continue a ser visto por seus compatriotas ‘para sempre’, como disse o presidente interino Nicolás Maduro. Esse tipo de coisa me causa calafrios, acho bizarro manter um cadáver insepulto em uma tumba aberta à visitação, seja este cadáver de quem for. O que teme Maduro? Que os venezuelanos se esqueçam de Chávez? Não esquecerão. Está aí seu legado, e há os livros, filmes e homenagens. Seu corpo não é necessário. Exibir os restos mumificados de Chávez é imitar o mau exemplo do que os comunistas fizeram com Lenin, morto em 1924 e insepulto até hoje, exibido em um mausoléu, mesmo tantos anos após a queda da União Soviética. Mao Tse-Tung expressou desejo de ser cremado e ainda assim seu corpo foi mumificado. Há algumas semanas, Massimo Signoracci, especialista conhecido como o ‘embalsamador dos papas’, foi visto em Havana, justamente quando Chávez se encontrava internado em estado terminal – e, diga-se de passagem, sem condições de decidir mais nada. Será que não foi outro comunista, Fidel Castro, quem teve a ‘brilhante’ ideia de embalsamar o líder venezuelano?
Acho risível, absurdo, que os comunistas, sendo ateus, não acreditem na alma humana mas se apeguem à carne morta, sem vida, como objeto de idolatria. A alma imortal não serve; o corpo, que apodrece, sim? É surreal, não faz o menor sentido. Tenho certeza que, como cristão que era, e o demonstrou inúmeras vezes neste período em que lutou bravamente contra o câncer, não foi Hugo Chávez quem planejou este final. Cristãos preferem ser enterrados, com missa, em cerimônia religiosa. Cristãos crêem na imortalidade da alma.”
Da jornalista Cynara Menezes, no blog Socialista Morena
Publicado
sexta-feira, 8 de março de 2013 às 5:25 pm e categorizado como Blog.
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Um estranho culto ao corpo
“Hugo Chávez era cristão e simpatizava com o socialismo cristão, assim como Rafael Correa, do Equador. Me causa espécie que agora, morto, queiram colocar o corpo do comandante Chávez, morbidamente, em uma urna de cristal para que continue a ser visto por seus compatriotas ‘para sempre’, como disse o presidente interino Nicolás Maduro. Esse tipo de coisa me causa calafrios, acho bizarro manter um cadáver insepulto em uma tumba aberta à visitação, seja este cadáver de quem for. O que teme Maduro? Que os venezuelanos se esqueçam de Chávez? Não esquecerão. Está aí seu legado, e há os livros, filmes e homenagens. Seu corpo não é necessário. Exibir os restos mumificados de Chávez é imitar o mau exemplo do que os comunistas fizeram com Lenin, morto em 1924 e insepulto até hoje, exibido em um mausoléu, mesmo tantos anos após a queda da União Soviética. Mao Tse-Tung expressou desejo de ser cremado e ainda assim seu corpo foi mumificado. Há algumas semanas, Massimo Signoracci, especialista conhecido como o ‘embalsamador dos papas’, foi visto em Havana, justamente quando Chávez se encontrava internado em estado terminal – e, diga-se de passagem, sem condições de decidir mais nada. Será que não foi outro comunista, Fidel Castro, quem teve a ‘brilhante’ ideia de embalsamar o líder venezuelano?
Acho risível, absurdo, que os comunistas, sendo ateus, não acreditem na alma humana mas se apeguem à carne morta, sem vida, como objeto de idolatria. A alma imortal não serve; o corpo, que apodrece, sim? É surreal, não faz o menor sentido. Tenho certeza que, como cristão que era, e o demonstrou inúmeras vezes neste período em que lutou bravamente contra o câncer, não foi Hugo Chávez quem planejou este final. Cristãos preferem ser enterrados, com missa, em cerimônia religiosa. Cristãos crêem na imortalidade da alma.”
Da jornalista Cynara Menezes, no blog Socialista Morena
Publicado sexta-feira, 8 de março de 2013 às 5:25 pm e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.