“Se eu desço, quer que eu suba
Se eu subo, me quer no chão
Se eu me levanto, me derruba
Se eu derrubo, sou o vilão
Mas não esquento mais a juba
Nem perco a respiração
Pois o amor em flauta ou tuba
Sopra a vida ao coração”
“Se eu desço, quer que eu suba
Se eu subo, me quer no chão
Se eu me levanto, me derruba
Se eu derrubo, sou o vilão
Mas não esquento mais a juba
Nem perco a respiração
Pois o amor em flauta ou tuba
Sopra a vida ao coração”
“E um amigo bem do contra levou à missa do papa Francisco este cartaz: ‘Gosto mais do outro’.”
Fica no centro de São Paulo e há quem a defina como “o primeiro açougue de reencarnações”.
“Mal-aventurados os que avistaram
uma garota no metrô
e se apaixonaram de súbito
e a seguiram desvairados
e a perderam para sempre no meio da multidão
Porque eles serão condenados
a vagar sem rumo pelas estações
e a chorar com as canções de amor
que os músicos ambulantes entoam nos túneis
e talvez o amor não seja mais do que isso:
uma mulher ou um homem que desce de um carro
em uma estação do metrô qualquer
e resplandece por alguns segundos
e se perde sem nome dentro da noite”
Era um sujeito tão dividido que escreveu uma autobiografia não autorizada.
“Sua pele
no hotel do
Cosme Velho
olhada
até a
incandescência
(Seu coração está aí, atrás
dos ossos?)”
“Quando começa a História? O que correu há cem anos é História? Parece que sobre isso ninguém tem muitas dúvidas, mas 50 anos é História? E 20 anos, também será História? E 24 horas, é História o dia de ontem?”
– Hélio, você tem um caso com a Verônica, mulher do Marcos?
– Claro que não, querida!
– E com a Ana, ex-namorada do seu primo?
– Que ideia! Nunca encostei nela.
– Já na Marília, aquela professora de ioga…
– Também não.
– Hélio, você é um banana mesmo. Não tem caso com ninguém!
“Se as pessoas não querem pagar por nada on-line, é preciso criar um modo de fazer dinheiro. E aí, em busca de um caminho sustentável, a internet, tão ‘rebelde’, adotou o modelo de negócios mais tradicional: vender anúncios. Nessa hora, ninguém pode com gigantes como Google e Facebook. Jaron Lanier – um dos criadores da realidade virtual, autor do livro Who Owns the Future? – os chama de ‘servidores-sereias’, pela capacidade irresistível de atrair usuários. Quem vende o anúncio mais eficiente possível (e portanto pode cobrar muito por ele) é quem sabe tudo sobre seu usuário. Ou porque rastreia toda a atividade on-line, como o Google; ou porque usa as informações fornecidas, voluntária e gratuitamente, pelo ‘internauta’, como o Facebook. Para processar essa quantidade colossal de dados, são necessários computadores muito poderosos. Que só portentos como Google, Facebook, Apple e Amazon podem comprar. E assim se completa o modelo concentrador que Jaron Lanier combate. Bilhões de usuários fornecem informações e produzem conteúdo, sem cobrar, para os ‘servidores-sereias’. Estes têm uma capacidade de processamento única, e transformam essas informações em trunfos para vender anúncios. Anúncios que vão atingir as mesmas pessoas que estão trabalhando de graça sem perceber. É um modelo de tudo para uns poucos, e nada para muitos. Não forma uma classe média –só magnatas e proletários. Por isso, na visão de Lanier, não vai se sustentar.”
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