“Havia tantos
pássaros naquele
velho guapuruvu
Num dos galhos
podia-se ver
a casa
de um joão-de-barro
abandonada
Havia tanto silêncio
naquele guapuruvu
a majestade
de uma árvore
que cresceu
por ela mesma
sem que ninguém
a plantasse.”
“Havia tantos
pássaros naquele
velho guapuruvu
Num dos galhos
podia-se ver
a casa
de um joão-de-barro
abandonada
Havia tanto silêncio
naquele guapuruvu
a majestade
de uma árvore
que cresceu
por ela mesma
sem que ninguém
a plantasse.”
Em maio de 1990, Rubem Braga soube que tinha um câncer avançado na garganta. Como resolveu não se tratar, viajou do Rio para São Paulo e contratou os serviços de um crematório, o da Vila Alpina.
– Onde está o morto?, perguntou o atendente enquanto o cronista preenchia o cheque.
– Está bem aqui. O morto sou eu.
“Não me curem! Não tenho roupa pra ser hétero.”
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