“Com o sugestivo título Casamento Indissolúvel ou Relação Sexual Duradoura?, Wilhelm Reich provocou seus leitores a pensarem sobre suas vidas sexuais e amorosas. Para ele, a maior dificuldade em uma relação permanente está no conflito entre o enfraquecimento do desejo sexual e o crescimento da ternura entre os parceiros. Em quase todas as relações, mais cedo ou mais tarde, surgem períodos de fraca atração sexual ou até mesmo de ausência total de desejo, o que pode ser temporário ou, em muitos casos, definitivo. Inúmeros homens e mulheres que entrevistei reclamaram de uma vida sexual ‘insatisfatória’, ‘medíocre’, ‘sem tesão’, ‘rotineira’, ‘burocrática’. (…) Mesmo assim, vários casais permanecem juntos, tanto por acreditarem que se amam, quanto por dependências familiares, sociais e psicológicas. A relação conjugal pode se tornar, então, uma verdadeira tortura recíproca e prolongada. (…) Os parceiros estão insatisfeitos, frustrados e infelizes, mas não conseguem se separar. E, mais ainda, cobram a fidelidade do outro, mesmo quando já não sentem qualquer desejo sexual por ele. Como conciliar amor, desejo sexual e fidelidade nos casamentos duradouros? Eis a questão.”
Trecho de Existe vida sexual no casamento?, artigo da antropóloga Mirian Goldenberg
Publicado
terça-feira, 27 de agosto de 2013 às 11:21 am e categorizado como Blog.
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Sobre a instabilidade das uniões estáveis
“Com o sugestivo título Casamento Indissolúvel ou Relação Sexual Duradoura?, Wilhelm Reich provocou seus leitores a pensarem sobre suas vidas sexuais e amorosas. Para ele, a maior dificuldade em uma relação permanente está no conflito entre o enfraquecimento do desejo sexual e o crescimento da ternura entre os parceiros. Em quase todas as relações, mais cedo ou mais tarde, surgem períodos de fraca atração sexual ou até mesmo de ausência total de desejo, o que pode ser temporário ou, em muitos casos, definitivo. Inúmeros homens e mulheres que entrevistei reclamaram de uma vida sexual ‘insatisfatória’, ‘medíocre’, ‘sem tesão’, ‘rotineira’, ‘burocrática’. (…) Mesmo assim, vários casais permanecem juntos, tanto por acreditarem que se amam, quanto por dependências familiares, sociais e psicológicas. A relação conjugal pode se tornar, então, uma verdadeira tortura recíproca e prolongada. (…) Os parceiros estão insatisfeitos, frustrados e infelizes, mas não conseguem se separar. E, mais ainda, cobram a fidelidade do outro, mesmo quando já não sentem qualquer desejo sexual por ele. Como conciliar amor, desejo sexual e fidelidade nos casamentos duradouros? Eis a questão.”
Trecho de Existe vida sexual no casamento?, artigo da antropóloga Mirian Goldenberg
Publicado terça-feira, 27 de agosto de 2013 às 11:21 am e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.