“Todos os argumentos para provar a superioridade do homem não podem quebrar essa dura realidade: no sofrimento, os animais são iguais a nós.”

Do filósofo australiano Peter Singer

“Medo de tirar a roupa? Não tenho mesmo. Quem devia temer é a plateia.”

Do roqueiro Leo Jaime, escalado para a versão brasileira do filme The Full Monty, em que desempregados tentam levantar uma grana fazendo striptease   

Uma chuva fina esfria São Paulo. No posto de gasolina, o frentista observa o colega que se esforça para secar uma perua exposta à garoa. “Vê aquele rapaz ali?”, me pergunta. “É como se estivesse enxugando gelo. Ele ainda não entendeu o óbvio: às vezes, a vida só quer que a gente espere.”

Duas das minúsculas moradias que se espalham pela periferia de Hong Kong
(clique nas imagens para ampliá-las)

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Dica de Lisa Ho

“A procurar a pedra ele
só começou no instante
em que teve total
clareza a respeito do fato de que jamais
a encontraria. E foi bem aí que
então ele a encontrou como que
por si ainda que fosse
uma outra e nem fosse
pedra”

A Procurar a Pedra, poema de Ulrich Johannes Bell
Tradução de Susana Kampff Lages 

“O governo iraniano pretende ‘reexecutar’ Alireza M., 37. Condenado por tráfico de drogas, enforcado e declarado morto, ele sobreviveu, o que foi constatado só na manhã seguinte à execução.”

Notícia publicada hoje na Folha de S.Paulo

All the Models in the House, vídeo em que a modelo Michelli Provensi
retrata com sarcasmo o mundinho fashion

“Do funcionário do check in, no aeroporto Santos Dumont, aos passageiros na fila do raio-x: ‘Senhoras e senhores, por favor, tirem relógio, cinto com fivela e moedinhas no bolso… Quem estiver de Rolex original não precisa tirar porque ele não apita, tá, gente?”

Nota extraída do jornal O Globo

“O Brasil é um país pródigo em desilusões. No entanto, nós, brasileiros, nunca somos vistos — nem por nós mesmos — como um povo desiludido. O que é uma pena. Temos a aprender com a desilusão. Os Guns N’ Roses lançaram na década de 1990 dois discos de muito sucesso e inspiração chamados Use Your Illusion I e II. O título, Use Sua Ilusão, remete à ideia de que a ilusão — erro de percepção ou de entendimento; engano dos sentidos ou da mente; interpretação errônea — pode ser usada de forma criativa e construtiva, já que a percepção ‘errada’ de um fato pode revelar novos e surpreendentes ângulos desse mesmo fato. Quando nos divertimos e nos emocionamos com filmes como Toy Story ou com livros como A Metamorfose, estamos usando nossa ilusão. Paradoxalmente, a desilusão nunca é compreendida como o avesso da ilusão, ou seja, uma maneira correta de entendimento. Desilusão expressa sempre descrença e perda de esperança. E isso não é mera semântica. Resistimos a nos desiludir e, mesmo quando nos desiludimos, demoramos a admitir. Por que temos vergonha de aceitar que estamos desiludidos? Por que encaramos a desilusão como uma derrota?”

Trecho de Use Sua Desilusão, artigo de Tony Belotto