Ninguém se lembra mais da boate Kiss?

“Não, não vou elaborar grandes teorias sobre o recém-nomeado ‘rei do camarote’, o sujeito que foi ‘descoberto’ pela Vejinha e que gasta 50 mil dilmas numa balada, um pouco mais, um pouco menos. Cada um gasta o dinheiro que tem como quiser, e se ele for ganho honestamente, não vejo problema algum se o cara quer torrar pagando champanhe para os outros, na maioria gente que nem conhece, e fazer papel de bobo publicamente, exibindo sua Ferrari e suas roupas de grife, achando que isso, como ele diz, ‘agrega valor’ ao que quer que seja. Quando assisti ao vídeo abaixo, não tive sentimento algum em relação à gastança e à futilidade de tudo. Nem de inveja, nem de indignação, nem de raiva, nada. Achei até engraçado o jeito que o cara fala, os conceitos nos quais acredita e tal. É meio espantoso alguém de quase 40 anos ser tão bobo, mas esse é um julgamento meu: o cara é bobo. E ele pode achar o mesmo de mim, que coleciono carros velhos. Portanto, sem julgamentos. O Eike Batista, até outro dia, era incensado pela ‘sociedade’ por ser um empreendedor, um visionário, um isso, um aquilo, e torrava dinheiro do mesmo jeito, podem ter certeza. Prova de que julgamentos baseados na superfície de nada valem. De novo, cada um que gaste com o que bem entender.
Mas uma coisa me chamou a atenção, e agora são vocês que vão me achar, talvez, bobo, ou ingênuo. Vocês devem ter notado as garrafas de champanhe com pequenos sinalizadores fazendo faísca, é assim que elas chegam aos camarotes, às dezenas, e suponho que isso seja mais comum do que eu, que não vou a baladas, imagino. Então, me pergunto, e juro que é a única coisa que me importa nessa frivolidade toda: como é que isso ainda é feito, e permitido, e aceito, depois do que aconteceu em Santa Maria?”

Extraído do blog de Flavio Gomes

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