Complô

“Vai numa loja, escolhe alguma coisa, qualquer uma, e dá uma olhada: tudo agora tem código de barras. Tudo. O que significam esses códigos de barra, brother? Ninguém sabe. Ninguém sabe o que eles significam, não é inglês, não é português, é língua de computador. Só computador lê código de barra. Todos esses computadores estão conversando, cara, e ninguém sabe o que eles estão dizendo. É como se a gente estivesse vivendo num país ocupado. Dia e noite, esses computadores estão se comunicando com modems, faxes, satélites. Dia e noite. Do que eles estão falando? Do que eles estão falando? Vou te dizer do que eles estão falando, eles estão falando de mim e de você, de como usar a gente de maneira mais eficiente… Eles não têm sentimento, brother, são máquinas. Só querem saber de eficiência. O pior ser humano que já viveu na Terra tinha sentimentos, cara. Genghis Khan tinha sentimentos. Adolph Hitler tinha sentimentos. De vez em quando, ele ficava meio deprimido. Os computadores nunca ficam deprimidos, brother, nunca.”

Trecho de Sexo, Drogas & Rock’n’Roll, peça de Eric Bogosian 

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