Arquivo de janeiro de 2014

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Se assim é, assim será?

“Uma pessoa que nasce pobre, num dos chiqueiros do mundo, com pouca perspectiva de sobreviver, o que dirá de melhorar de vida, tem todo o direito de pensar que a sorte (ou Deus, ou que nome tenha o responsável pela sua sina) lhe foi cruel. E de assumir sua própria biografia, já que o destino que lhe foi reservado de nascença claramente não serve. Como um dos despossuídos da Terra, só tem duas opções: resignação ou fuga. Fatalismo ou revolta. Aceitar ou rejeitar sua sina. E literalmente desafiar a sua sorte. Dessa maneira, as cenas que se veem, de barcos precários lotados de imigrantes ilegais da África arriscando a vida para chegar à Europa, ou mexicanos sendo caçados na fronteira ao tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos, entre outras imagens de desumanidade e desespero, são cenas de uma tragédia recorrente e sem solução, mas uma tragédia com mais significados do que os que aparecem. Representam graficamente, didaticamente, a desigualdade entre nações pobres e ricas, que seria apenas outro fatalismo irredimível se a desigualdade não fosse deliberada, cultivada por nações ricas que muitas vezes estão na origem histórica da miséria dos pobres. E tem este outro significado, o de cada refugiado da sua sina representar um indivíduo em revolta contra o acaso que determinou que vida ele teria. São pessoas de posse da sua própria biografia, desafiando a ideia de que o destino de cada um está preordenado, na geografia ou nos astros.”

Trecho de Desafiando a sorte, artigo de Luis Fernando Verissimo

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Visita

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Sempre precisaremos de líderes?

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Reprise

“E se, um dia ou uma noite, um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: ‘Esta vida, assim como tu a vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes, e não haverá nela nada de novo. Cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro (…) hão de te retornar, e na mesma ordem e sequência _e do mesmo modo, essa aranha e esse luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez, e tu com ela, poeirinha da poeira!’? Te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim?  Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderias: ‘Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino’?”

Trecho de A Gaia Ciência, livro do filósofo alemão Friedrich Nietzsche
Dica de Thay Kleinsorgen

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Complô

“Vai numa loja, escolhe alguma coisa, qualquer uma, e dá uma olhada: tudo agora tem código de barras. Tudo. O que significam esses códigos de barra, brother? Ninguém sabe. Ninguém sabe o que eles significam, não é inglês, não é português, é língua de computador. Só computador lê código de barra. Todos esses computadores estão conversando, cara, e ninguém sabe o que eles estão dizendo. É como se a gente estivesse vivendo num país ocupado. Dia e noite, esses computadores estão se comunicando com modems, faxes, satélites. Dia e noite. Do que eles estão falando? Do que eles estão falando? Vou te dizer do que eles estão falando, eles estão falando de mim e de você, de como usar a gente de maneira mais eficiente… Eles não têm sentimento, brother, são máquinas. Só querem saber de eficiência. O pior ser humano que já viveu na Terra tinha sentimentos, cara. Genghis Khan tinha sentimentos. Adolph Hitler tinha sentimentos. De vez em quando, ele ficava meio deprimido. Os computadores nunca ficam deprimidos, brother, nunca.”

Trecho de Sexo, Drogas & Rock’n’Roll, peça de Eric Bogosian 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O inferno é de chocolate?

“Deus, tem piedade de mim.
Peço porque estou viva
e sou louca por açúcar.”

Trecho de Distrações no Velório, poema de Adélia Prado

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Educação de choque

HQ de Allan Sieber
(clique na imagem para ampliá-la)

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Incandescência

Palavra, quando acesa, não queima em vão?

A partir de Palavra Acesa, poema de José Chagas
Musicado por Fernando Filizola e interpretado pelo Quinteto Violado 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O rancor tem memória de elefante?

“Não guardo mágoas. Guardo nomes.”

Da personagem Chayene na novela Cheias de Charme, que a Globo exibiu em 2012

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

De onde os conheço mesmo?

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