Arquivo de março de 2014

quinta-feira, 20 de março de 2014

Em qual das três você se encaixa?

“O livro chama-se Carta de Guia de Casados, foi publicado em 1651 e trata de vários temas relativos à vida conjugal, entre os quais a idade ideal. No caso, a dos amantes em busca da felicidade. É um dos pioneiros dos livros de autoajuda, que hoje infestam as prateleiras das nossas bibliotecas e livrarias. (Como você vê, aliás, nem sempre as inovações trazem realmente algo de novo.) O autor? Um nobre, solteirão e mulherengo, d. Francisco Manuel de Melo, que vai direto ao ponto. Segundo ele, existem apenas três categorias de casamento: o de Deus, o do diabo e o da morte. Com a palavra o fidalgo: ‘De Deus, o do mancebo com a moça; do diabo, o da velha com o mancebo; da morte, o da moça com o velho’. Em seguida ele explica: ‘Os casados moços podem viver com alegria; as velhas casadas com moços vivem em perpétua discórdia; os velhos casados com as moças apressam a morte, ora pelas desconfianças, ora pelas demasias’.”
Trecho do artigo A idade ideal, de Carlos Felipe Moisés

quinta-feira, 20 de março de 2014

Que tal um voo para Birmingham?

Decolagens e aterrissagens ocorridas no aeroporto da cidade inglesa,
onde as condições climáticas costumam ser terríveis

quarta-feira, 19 de março de 2014

O absurdo está sempre à espreita?

“Faço meus pedidos no Starbucks com o nome de Godot. E vou embora.”

Do Twitter de Eric Jarosinski, professor assistente de alemão na Universidade da Pensilvânia, que é também um ótimo satirista

quarta-feira, 19 de março de 2014

Junto e misturado

“O que o catchup disse para o sal?
– É nóis nas frita!”

Do Facebook de Haroldo Ceravolo

quarta-feira, 19 de março de 2014

E se, além de pedra, tiver uma bola no meio do caminho?

terça-feira, 18 de março de 2014

A especialista

“O velho procurava uma empregada doméstica. Eu tratei logo de oferecer meus serviços. Ele me olhou de cima para baixo, coçou a cabeça e disse: ‘Vou fazer uns dias de teste com você. Caso goste do seu jeito, fechamos negócio. Preciso ter certeza de que você sabe passar uma roupa direito’. Concordei rapidinho, porque não sou besta. Mas, bem lá no fundo, pensei: ‘Velho filho da puta! Se uma baiana não souber passar roupa direito, quem saberá?'”

De Ana, faxineira que trabalha uma vez por semana em minha casa

terça-feira, 18 de março de 2014

Você vai sair assim, sem dizer nada?

Desculpe, mas às vezes as relações terminam antes que as palavras se deem conta.

terça-feira, 18 de março de 2014

Choque de ordem

“Quais são os requisitos que um livro de nossa biblioteca deve cumprir para não ir parar no quarto das tralhas, o que é, na verdade, a antessala do sebo ou da doação, inclusive a do lixo? Ou, colocando de uma maneira dramática: quais são os livros que a gente tem que guardar (…) e quais são, falando a verdade, um simples estorvo?
Para facilitar a tarefa, eu criei um método científico, que chamei de ‘sistema jotapê para crise da prateleira’. É extremamente simples de calcular, só tem que seguir as seguintes instruções:
1. Se você já leu, qualifique o livro de 1 a 5
2. Se você ainda não leu: +5
3. Se você ainda não leu e tem o livro há mais de 3 anos: -10
4. Se você começou a ler e pensou em deixar mais pra frente: -5
5. Se você começou a ler e largou: -10
6. Se você releu o livro uma vez: +1
7. Se você releu o livro mais de uma vez: +5
8. Se é um livro de bolso: -1
9. Se está dedicado: +1
10. Se você conhece o autor pessoalmente e gosta dele: -1 (é para compensar a qualificação do livro, com certeza você não foi objetivo)
11. Se você conhece o autor pessoalmente e não gosta dele: +1 (mesma razão)
12. Se é um clássico: +1
13. Se é um raro: +1
14. Se não é nem clássico nem raro: -1
15. Se ganhou de presente: -1
16. Se depois de ler você comprou outro exemplar para dar de presente: +1
17. Se ganhou da sogra: -5
18. Se ganhou de um ex-namorado ou ex-namorada de que você gostava muito: +5
19. Se você está namorando e o item 18 tem dedicatória do ex: -5
20. Se ganhou de um ex-namorado ou ex-namorada que você odeia: o que você está fazendo com essa porra de livro?
21. Se comprou durante uma viagem, num lugar lindo de morrer, com uma companhia maravilhosa: -5 (o livro não é tão bom assim)
22. Se está numa língua que na verdade você não entende bem: -5 (seja honesto)
23. Se você emprestou, não devolveram e comprou de novo: +5
24. Se você emprestou de novo, não devolveram de novo e comprou de novo de novo: você é idiota mesmo?
25. Se o autor é um amigo muito querido: -5
26. Se o autor é um amigo muito querido que visita sua casa com frequência: +20
Agora é só procurar o resultado:
Mais de 15: o livro fica na prateleira. 
10-14: o livro vai para o quarto das tralhas até crise de espaço no quarto das tralhas. 
5-9: o livro vai para o sebo. 
0-5: o livro vai para doação. 
Menos de zero: o livro vai para o lixo.
O sistema não se aplica para críticos literários e professores de literatura.”

Trecho de A Crise das Prateleiras, crônica de Juan Pablo Villalobos

segunda-feira, 17 de março de 2014

Reflexão diante de um mendigo que me pede R$ 2

É justo o homem ser menos do menos que ele já é?

A partir do poema A Palafita, de José Chagas

segunda-feira, 17 de março de 2014

Se amo viver, por que também desejo morrer?

“Noite passada me veio à cabeça, e sempre vem, que a vida é tão curta quanto o tanto que de longa ela poderia ter. Pensei na minha tataravó Wadia, que aos 98 teve câncer de pele, curou, aos 105 reclamou que tinha acordado meio indisposta mas levantou correndo pra ver se não tinha queimado o quibe com snoobar que ela preparava para a neta, a minha avó! (e depois ouvir sua vó chamando alguém de vovó é bem esquisito), e aos 108 morreu dormindo, em cena rara com os cabelos soltos até a cintura e a pele besuntada com azeite (segredo de hidratação e beleza de quem nasceu em Beirute no século 19). Pensar nessa lonjura toda que a vida pode ter me deu um pouco de vontade de não passar dos 50. Pensar que posso capotar o carro na estrada qualquer hora dessas me fez querer chegar aos 108. E pensar que tô escrevendo isto aqui tá me dando vontade de ir comprar uma sapatilha nova, porque as minhas tão todas furadas. Vou lá.”

Do Facebook de Nina Wop
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