Mesmo nós, os que tentamos correr na contramão, seremos muito diferentes dele?

“Era um cidadão comum
Como esses que se vê na rua.
Falava de negócios, ria,
Via show de mulher nua.
Vivia o dia e não o sol,
A noite e não a lua.
Acordava sempre cedo,
Era um passarinho urbano.
Embarcava no metrô,
O nosso metropolitano.
Era um homem de bons modos:
‘Com licença’, ‘Foi engano’.
Era feito aquela gente
Honesta, boa e comovida.
Que caminha para a morte,
Pensando em vencer na vida.
Acreditava em Deus
E em outras coisas invisíveis.
Dizia sempre ‘sim’
Aos seus senhores infalíveis.
Pois é, tendo dinheiro,
Não há coisas impossíveis.
Mas o anjo do Senhor,
Do qual nos fala o livro santo,
Desceu do céu pra uma cerveja
Junto dele no seu canto.
E a morte o carregou
Feito um pacote no seu manto.”

Letra de Pequeno Perfil de um Cidadão Comum, música de Toquinho e Belchior
Interpretada por Toquinho

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