“Laurel Ptak criou uma obra polêmica. A artista escreveu um manifesto chamado Salários pelo Facebook, exibido no museu da Universidade da Califórnia em San Diego. De acordo com ela, todo usuário do site deveria receber um ‘salário’ por conta do trabalho gratuito feito para ele (veja o texto em wagesforfacebook.com ). Apesar do exagero da obra, não dá para negar que o trabalho neste século está mudando completamente. Muita gente hoje trabalha das 8h às 18h para seus empregadores e quando chega em casa trabalha das 18h até tarde para várias empresas da internet. Mesmo depois da jornada ‘oficial’, continuamos a produzir valor para alguém quando usamos serviços on-line. Essa produção acontece até nos tempos mortos da vida. Está esperando o elevador? Dá tempo de fazer um ou dois posts e gerar centavos em algum lugar. (…)
Nesse contexto, deveria ser aceitável atualizar o currículo para incluir outras habilidades ‘profissionais’. Por exemplo, além de colunista da Folha, eu poderia adicionar: curador de conteúdo para o Facebook, organizador de informações para o Google, jornalista cidadão para o Twitter e o WhatsApp, corretor de imóveis para o Airbnb, colunista social para o Instagram, agente de talentos para o Kickstarter, DJ para o Spotify e gestor de banco de currículos para o Linkedin.”
Trecho de A multiplicação dos empregos, artigo de Ronaldo Lemos
Publicado
terça-feira, 5 de agosto de 2014 às 11:35 am e categorizado como Blog.
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Você está mesmo de folga quando está de folga?
“Laurel Ptak criou uma obra polêmica. A artista escreveu um manifesto chamado Salários pelo Facebook, exibido no museu da Universidade da Califórnia em San Diego. De acordo com ela, todo usuário do site deveria receber um ‘salário’ por conta do trabalho gratuito feito para ele (veja o texto em wagesforfacebook.com ). Apesar do exagero da obra, não dá para negar que o trabalho neste século está mudando completamente. Muita gente hoje trabalha das 8h às 18h para seus empregadores e quando chega em casa trabalha das 18h até tarde para várias empresas da internet. Mesmo depois da jornada ‘oficial’, continuamos a produzir valor para alguém quando usamos serviços on-line. Essa produção acontece até nos tempos mortos da vida. Está esperando o elevador? Dá tempo de fazer um ou dois posts e gerar centavos em algum lugar. (…)
Nesse contexto, deveria ser aceitável atualizar o currículo para incluir outras habilidades ‘profissionais’. Por exemplo, além de colunista da Folha, eu poderia adicionar: curador de conteúdo para o Facebook, organizador de informações para o Google, jornalista cidadão para o Twitter e o WhatsApp, corretor de imóveis para o Airbnb, colunista social para o Instagram, agente de talentos para o Kickstarter, DJ para o Spotify e gestor de banco de currículos para o Linkedin.”
Trecho de A multiplicação dos empregos, artigo de Ronaldo Lemos
Publicado terça-feira, 5 de agosto de 2014 às 11:35 am e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.