“As luvas de inverno estavam em promoção naquela loja em Estocolmo. Pergunto ao vendedor, em inglês, se eles têm daquele modelo em um tamanho menor. Ele responde que não e, na sequência, engata uma longa explanação _só que em sueco. Eu permaneço parada, olhando e chacoalhando a cabeça em profunda consideração.
Neurônio número 1: Ok, estamos entendendo o que ele está falando?
Neurônio número 2: Não há indícios para sustentar essa hipótese.
Neurônio número 3: No entanto, ele continua a falar.
Neurônio número 4: Que língua engraçada. Acho que entendi ‘couve-flor’.
Neurônio número 5: (Tentando dar sentido a uma suposta menção a ‘couve-flor’ na conversa.)
Neurônio número 6: Não. Não estou entendendo nada.
Neurônio número 7: Então por que ninguém o interrompe?”
Trecho de Sim, Eu Falo Sueco, crônica de Vanessa Barbara
Publicado
terça-feira, 7 de outubro de 2014 às 3:43 pm e categorizado como Blog.
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“As luvas de inverno estavam em promoção naquela loja em Estocolmo. Pergunto ao vendedor, em inglês, se eles têm daquele modelo em um tamanho menor. Ele responde que não e, na sequência, engata uma longa explanação _só que em sueco. Eu permaneço parada, olhando e chacoalhando a cabeça em profunda consideração.
Neurônio número 1: Ok, estamos entendendo o que ele está falando?
Neurônio número 2: Não há indícios para sustentar essa hipótese.
Neurônio número 3: No entanto, ele continua a falar.
Neurônio número 4: Que língua engraçada. Acho que entendi ‘couve-flor’.
Neurônio número 5: (Tentando dar sentido a uma suposta menção a ‘couve-flor’ na conversa.)
Neurônio número 6: Não. Não estou entendendo nada.
Neurônio número 7: Então por que ninguém o interrompe?”
Trecho de Sim, Eu Falo Sueco, crônica de Vanessa Barbara
Publicado terça-feira, 7 de outubro de 2014 às 3:43 pm e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.