“Pode ser que você tenha ido embora sem nem ao menos se despedir, por medo da solidão que sempre sobrevém aos desenlaces. Assim, sem um final que a legitime, sua ida não acontece, fica sem tradução, e nossa história resta pairando no espaço indefinidamente. Só então tiro seu retrato do quarto e ponho na sala, à vista de qualquer um. ‘Mas pra onde ele foi?’, me perguntam. ‘Não sei se foi… Talvez volte’, é tudo o que digo. Mas não volta, porque nunca aqui esteve. Fez igual beija-flor que nunca pousa.”
Nem Par, Nem Ímpar, miniconto de Elisa Nazarian
Publicado
quarta-feira, 26 de novembro de 2014 às 6:23 pm e categorizado como Blog.
Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.
Que falta faz um adeus…
“Pode ser que você tenha ido embora sem nem ao menos se despedir, por medo da solidão que sempre sobrevém aos desenlaces. Assim, sem um final que a legitime, sua ida não acontece, fica sem tradução, e nossa história resta pairando no espaço indefinidamente. Só então tiro seu retrato do quarto e ponho na sala, à vista de qualquer um. ‘Mas pra onde ele foi?’, me perguntam. ‘Não sei se foi… Talvez volte’, é tudo o que digo. Mas não volta, porque nunca aqui esteve. Fez igual beija-flor que nunca pousa.”
Nem Par, Nem Ímpar, miniconto de Elisa Nazarian
Publicado quarta-feira, 26 de novembro de 2014 às 6:23 pm e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.