“Ê, marujo, ê
Que vive navegando
Te dou meu sofrimento
Pra jogar no oceano
Se der, no teu navio,
Leva mais um desengano”
Meu tio Leonildo, de 71 anos, recebeu o telefonema de um amigo que tem a mesma idade.
– O que você prefere, sofrer de Parkinson ou de Alzheimer?
– Está louco?! Não quero nenhum dos dois!
– Eu prefiro mil vezes o Parkinson, Leonildo.
– Por quê?
– Melhor derramar um pouco de vinho que me esquecer de onde guardei a garrafa.
“Durante o regime militar iniciado em 1964, as empreiteiras tiveram acesso direto ao Estado, sem mediações, sem eleições. Havia um cenário ideal para o desenvolvimento dessas empresas: a ampla reforma econômica aumentou recursos públicos destinados à construção civil e mecanismos legais restringiram gastos em saúde e educação, direcionando tais verbas para obras de que a iniciativa privada se apropriava – grandes projetos, tocados sob a justificativa do desenvolvimento nacional, como a rodovia Transamazônica, a usina de Itaipu e a ponte Rio-Niterói. A impressão que tenho é que as empreiteiras sentem saudades da ditadura, já que não existiam mecanismos de fiscalização de práticas corruptas. Elas não eram alvos de escândalos nacionais, porque isso não era investigado. Hoje, muitas mantêm práticas ilegais daquela época.”
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