“Não há guarda-chuva
contra o amor
que mastiga e cospe como qualquer boca,
que tritura como um desastre.
Não há guarda-chuva
contra o tédio:
o tédio das quatro paredes, das quatro
estações, dos quatro pontos cardeais.
Não há guarda-chuva
contra o mundo
cada dia devorado nos jornais
sob as espécies de papel e tinta.
Não há guarda-chuva
contra o tempo
rio fluindo sob a casa, correnteza
carregando os dias, os cabelos.”
Trecho de A Carlos Drummond de Andrade, poema de João Cabral de Melo Neto
Publicado
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015 às 3:46 pm e categorizado como Blog.
Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.
No fim das contas, todos os abrigos são inúteis?
“Não há guarda-chuva
contra o amor
que mastiga e cospe como qualquer boca,
que tritura como um desastre.
Não há guarda-chuva
contra o tédio:
o tédio das quatro paredes, das quatro
estações, dos quatro pontos cardeais.
Não há guarda-chuva
contra o mundo
cada dia devorado nos jornais
sob as espécies de papel e tinta.
Não há guarda-chuva
contra o tempo
rio fluindo sob a casa, correnteza
carregando os dias, os cabelos.”
Trecho de A Carlos Drummond de Andrade, poema de João Cabral de Melo Neto
Publicado sexta-feira, 23 de janeiro de 2015 às 3:46 pm e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.