“sei que a intimidade é o nome que se dá
a uma infinita distância”
“sei que a intimidade é o nome que se dá
a uma infinita distância”
Juliete, a gata persa de uma amiga, lhe surgiu em sonho, verborrágica, e colocou abaixo a ordem que parecia reinar no pequeno apartamento onde moram, demonstrando que, de fato, toda harmonia está sempre por um fio. “Como você nunca percebeu?”, indagou o animalzinho. “Eu sou menino! Não aguento mais ouvir você me chamar de Juliete!” Ana, minha amiga, ganhou o bichano ainda filhote, castrado e já com nome. Em nenhum instante, lhe ocorreu checar os “documentos” do pet _mesmo porque os genitais dos gatos não costumam ser tão evidentes quanto os dos cachorros. Às vezes, dá trabalho descobrir que apito toca o felino.
Mal pulou da cama, Ana procurou um veterinário e lhe solicitou que examinasse detalhadamente a agora duvidosa criatura. “Xiii… É menino, sim!”, concluiu o médico. Espantadíssima, minha amiga pediu um milhão de desculpas à ex-Juliete e tratou logo de lhe arranjar nova identidade. Pensou, primeiro, em rebatizar o gato de Julião. Mas depois julgou o aumentativo muito truculento para um macho que passara tantos anos sob o disfarce involuntário de fêmea. Acabou optando por um nome mais divertido e providencialmente unissex: Jujuba.
“Se uma criança não recebe amor durante a infância, precisa descobrir tudo depois, não é?”
“A múmia de 200 anos encontrada em bom estado de conservação na Mongólia finalmente teve sua identidade descoberta pelos cientistas. Trata-se de um cliente Itaú que aguardava atendimento na fila para pagar uma conta e sacar um cheque. Apesar da informação, outros cientistas contestaram a identidade da múmia e levantaram a possibilidade de ser de um cliente Claro tentando cancelar a linha. A hipótese de ser a fila do Banco do Brasil foi descartada. ‘Se fosse do BB, não seria 200 anos, mas uns 2 mil’, disse um especialista em múmias.”
“Em que pesem seus erros, sua má comunicação, possivelmente um estresse pessoal, a presidente continua representando forças políticas significativas. O fato de seus eleitores terem menos voz do que seus opositores não deve nos enganar. Eles existem, ainda que calados. Uma eventual tentativa de impeachment não será fácil de vender à sociedade. Pode convir a quem votou contra ela, mas mesmo os sem voz na mídia estão mais presentes na vida social e política do que 60 anos atrás [quando Getúlio Vargas se suicidou e os pobres se rebelaram]. Vale a pena todos baixarem a bola. Melhor a oposição construir alternativas do que insistir num impeachment que pode atear fogo ao país, levando a protestos na rua e a uma repressão talvez sangrenta. Enquanto isso, cabe ao governo trabalhar e dialogar com a sociedade, como prometeu, mas não vem cumprindo.”
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