Arquivo de maio de 2015

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Há muita diferença entre o Planalto e a planície?

Exibindo um bigodão digno de Stalin, o sujeito de careca lustrosa reclamava do PT enquanto dirigia, como se fizesse questão de reiterar o estereótipo do taxista selvagemente politizado. “O Lula chefia a quadrilha! E a Dilma é uma tonta, a marionete perfeita.” Referia-se, claro, à corrupção na Petrobras. Para não botar mais lenha numa fogueira que não desejava ver queimar, resolvi mudar o rumo do papo.
– Você prefere trabalhar em que parte de São Paulo?
– Na zona leste. Mas, às vezes, me animo de pegar passageiros em Congonhas.
– No aeroporto? Você é cadastrado lá?
– Não, não sou.
– Pensei que apenas os cadastrados pela prefeitura pudessem operar ali.
– Teoricamente, sim. Só que existem os macetes…
– Que macetes?
– Um grupo de fiscais, contratado pelos taxistas com cadastro, fica de olho para que os clandestinos não invadam a área. O macete é… Não preciso nem falar, certo?
– Imagino que seja molhar a mão dos fiscais.
– Do chefe deles, que distribui a grana entre os subordinados e nos revela a senha.
– Senha?
– Sabe o luminoso que tem em cima do táxi? O motorista que desembolsou a propina o acende quando chega perto do aeroporto, mesmo durante o dia.  Assim que avista um fiscal, deve apagá-lo e, segundos depois, acendê-lo de novo. É a senha para que o deixem entrar na fila dos cadastrados.
– E os cadastrados não percebem que um intruso lhes passou a perna?
– Em geral, não. Há centenas e centenas de cadastrados. Como vão notar? Sem contar que, de tempos em tempos, a senha muda.
– Você não se incomoda de subornar os fiscais?
– Olha, amigo, me incomodo é com a falta de dinheiro no fim do mês. Agora, pelo amor de Deus, trate de não divulgar o nosso esquema, hein? Se o senhor comentar algo e me pedirem para confirmar, vou dizer que não sei de nada…

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Conversa quase metafísica

– Você sabe: sempre me achei cético. Por isso, não acreditava nem um pouco nele. Mas hoje pude vê-lo com absoluta nitidez. Estava na minha lavanderia, praticamente imóvel e exibido como uma drag em dia de Parada Gay. Foi assombroso.
– Peraí, do que você está falando? O que, afinal, apareceu na sua casa? O demônio, Cristo, um espírito, um gnomo?
– Não! O mosquito da dengue!

Entreouvido na linha amarela do metrô paulistano 

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Infância eterna

“Entrevistei uma jovem antropóloga que trabalhava no Mali, país da África onde as mulheres andam com os seios nus. Estão sempre amamentando seus bebês. Quando a antropóloga lhes contou que, em nossa cultura, os homens são fascinados por seios, houve um instante de choque. As mulheres morreram de rir. Gargalharam tanto que caíram no chão. ‘Quer dizer que os homens agem como bebês?’, indagaram.”

Trecho do livro All About Breasts. de Carolyn Latteier

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Ressaca pós-13 de Maio

No Brasil, ninguém se diz racista nem tolera que o chamem assim. Então por que o racismo ainda persiste entre nós?

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Gratidão

“E o Congresso no Dia das Mães? O Congresso homenageou a Mãe Joana! Obrigado pelo carinho, Mãe Joana. Dos seus queridos e adoráveis filhos.”

Trecho de Socuerro! O Papa É Petralha!, crônica de José Simão

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Quem diria que nos transformaríamos numa multidão de cabisbaixos?

Life Smartphone, animação do chinês Xie Chenglin

 

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Verdades inconvenientes

Quadrinho de Rafa Campos
(clique na imagem para ampliá-la)

terça-feira, 12 de maio de 2015

País que nasce torto há de ser sempre torto?

“Nenhum homem nesta terra é republico, nem zela, ou trata do bem comum, senão cada um do bem particular.”

De Vicente do Salvador (1564-1636), primeiro historiador do Brasil 

terça-feira, 12 de maio de 2015

Por que a vida insiste em nos colocar diante de desafios que ainda não temos condições de enfrentar?

“Eu iria tirar tanto dez se voltasse agora para o maternal…”

Extraído do Twitter

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Ressaca pós-Dia das Mães

Ter filho é uma decisão altruísta ou narcísica?

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