Há poesia na dor, na flor, no beija-flor, no elevador

“Por que a poesia tem que se confinar
às paredes de dentro da vulva do poema?
Por que proibir à poesia estourar os limites do grelo
da greta
da gruta
e se espraiar além da grade
do sol nascido quadrado?
Por que a poesia tem que se sustentar
de pé, cartesiana milícia enfileirada,
obediente filha da pauta?
Por que a poesia não pode ficar de quatro
e se agachar e se esgueirar para gozar
– CARPE DIEM! –
fora da zona da página?”

Trecho de Exterior, poema de Waly Salomão
O título do post se baseia em Balada do Esplanada, poema de Oswald de Andrade 

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