Arquivo de julho de 2015

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Nada é tão complexo que não possa ser claro?

Nunca turve as águas para que pareçam mais profundas.

A partir de Assim Falou Zaratustra, livro do filósofo Friedrich Nietzsche

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Neve no outono

Estou à mesa de um restaurante quando a menina de 6 ou 7 anos se aproxima e me acaricia a cabeça, sem o menor embaraço.
– Você passou água oxigenada nos cabelos?, indaga.
Sorrio e nego, fingindo nem imaginar o motivo da pergunta.
– Então por que ficaram brancos se você não é velhinho?

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Amanhecendo-se

Tem um nascer do sol nos olhos dela?

A partir da canção Jeitinho Dela, de Tom Zé
Interpretada por Tom Zé

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Com você, anoiteço?

“Tanto dia lá fora e eu aqui, recontando as estrelas do céu da tua boca.”

Trecho de um poema de Julia Contrucci

quinta-feira, 23 de julho de 2015

A criatividade depende mais do ócio que do suor?

“Em arte, apenas os preguiçosos são capazes de fazer alguma coisa.”

Da tapeceira e cenógrafa Jagoda Buic

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Autópsia

– Morreu?
– Ontem.
– Meu Deus! De quê?
– Já não cabia em si.

A partir da peça Dias de Felicidade, escrita por Leilah Assumpção 

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Na hora do aperto, o negócio é apelar para o santo?

O menino de seis anos caminha pela rodoviária se contorcendo. Precisa fazer xixi com urgência. De repente, avista o banheiro: “Mãe, olha ali o santuário masculino!”.

Extraído do Facebook de Eliana Lucena

terça-feira, 21 de julho de 2015

Nada pior do que a indiferença?

terça-feira, 21 de julho de 2015

Um luxo de lixo

“Convidei uns amigos para jantar. O meu camarada enólogo incluso. E eu, antes dos convidados chegarem, fui ao supermercado do bairro comprar o vinho mais barato em exibição. Por menos de € 4, trouxe três garrafas de um tinto alentejano cujo nome omito por razões judiciais. Quando cheguei a casa, abri as garrafas e verti tudo em jarro de cristal. Os convidados chegaram. Primeiras conversas, primeiros coquetéis. E quando o jantar soou, eu anunciei aos presentes que tinha ganho de presente de aniversário três garrafas de Château Lafite que gostaria de partilhar com os comensais. Ouviram-se aplausos. O jarro veio para a mesa e, quando enchi os copos, um deles murmurou sem demoras: ‘Esse odor é inconfundível’. Fizeram-se brindes. E quando o líquido escorreu pela goelas, o meu colega enólogo olhou para mim, rosto sério, e eu temi que a pegadinha tinha chegado ao termo. Ilusão. Ele sorriu, grato, e depois arrumou o assunto com uma frase solene: ‘É o melhor Bordeaux que bebi neste ano’. Todos concordaram. Um deles, mais humilde, ainda disse: ‘João, você não deveria desperdiçar vinho desse com a gente’. Fiz cara de desagrado e concluí: ‘Se não partilhamos o melhor que temos com os amigos, partilhamos com quem?’.”

Trecho de In vino veritas, artigo de João Pereira Coutinho

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Sei lá, mil coisas

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