“Deus nos cria, engorda e mata. Somos os porquinhos do Senhor.”
“Deus nos cria, engorda e mata. Somos os porquinhos do Senhor.”
“A impressora da imprensa é a jato de sangue
Recarrega os cartuchos a cada bang-bang”
“Li algures que os gregos antigos não escreviam necrológios,
quando alguém morria perguntavam apenas:
tinha paixão?
quando alguém morre também eu quero saber da qualidade da sua paixão:
se tinha paixão pelas coisas gerais,
água,
música,
pelo talento de algumas palavras para se moverem no caos,
pelo corpo salvo dos seus precipícios com destino à glória,
paixão pela paixão,
tinha?
e então indago de mim se eu próprio tenho paixão,
se posso morrer gregamente,
que paixão?”
“Triste época a nossa… É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito.”
“Economiza a viagem à Índia, o tapetinho de ioga, o mantra mal pronunciado e a pulseirinha tibetana: melhora seu carma dando bom-dia ao porteiro.”
“O amor é um animal tão mutante,
com tantas divisões possíveis.
Lembra daqueles termômetros que usávamos na boca
quando éramos pequenininhos?
Lembra da queda deles no chão?
Então, acho que o amor quando aparece é em tudo semelhante
à forma física do mercúrio no mundo.
Quando o vidro do termômetro se quebra,
o movimento químico se espalha
e, então, ele fica se dividindo pelos salões de todas as festas.
O mercúrio se multiplicando…
Acho que deve ser isso uma das cinco mil explicações possíveis para o amor.”
“- Como vai, Abujamra?
– Mal. E você?
– Estou ótimo!
– Aproveita porque passa.”
Webmaster: Igor Queiroz