“Um oceano abstrato vem bater em nosso quarto.
É preciso cuidado, não são poucas e são altas suas ondas;
escuto, mas quem compreenderia a valsa
dos afogados, feita de uma boca intraduzível?
O vento dispersa o que eu diria, não chego a você,
a seus ouvidos; assim também minha mão
que desmorona antes de alcançar seu rosto onde
do que entre nós alguma vez foi nítido embaraçam-se
os fios; o vento derrama seus olhos para longe,
dessalga e seca nos meus a hipótese da queixa;
vento da noite, que espalha suas pedras negras
no imenso metro entre nós.”
Trecho de Isto, poema de Eucanaã Ferraz
Publicado
quinta-feira, 6 de agosto de 2015 às 8:50 pm e categorizado como Blog.
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Separação
“Um oceano abstrato vem bater em nosso quarto.
É preciso cuidado, não são poucas e são altas suas ondas;
escuto, mas quem compreenderia a valsa
dos afogados, feita de uma boca intraduzível?
O vento dispersa o que eu diria, não chego a você,
a seus ouvidos; assim também minha mão
que desmorona antes de alcançar seu rosto onde
do que entre nós alguma vez foi nítido embaraçam-se
os fios; o vento derrama seus olhos para longe,
dessalga e seca nos meus a hipótese da queixa;
vento da noite, que espalha suas pedras negras
no imenso metro entre nós.”
Trecho de Isto, poema de Eucanaã Ferraz
Publicado quinta-feira, 6 de agosto de 2015 às 8:50 pm e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.