“O governo Michel Temer começa da mesma forma que começou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva: com Henrique Meirelles como o homem forte da economia.(…) É o suficiente para demonstrar o nível de indigência mental de quem põe esquerda/direita no debate sobre a conjuntura brasileira. Outra fraude é supor que haja um conflito entre os setores supostamente populares e os anti-populares. Vai me enganar que Katia Abreu, a ministra da Agricultura, é ‘do povo’?
Não é a única coincidência direita/esquerda, constata Antonio Navalón, colunista de ‘El País’: ‘Nenhuma razão desculpa Lula e Rousseff de terminar cheirando a podre como os inimigos do passado’. Não que não exista direita. Existe desde sempre, é poderosa e domina a vida política e econômica. O que não existe mais é esquerda, salvo bolsões (que não estão no PT).
A esquerda brasileira, com exceções que não conseguem interferir de fato no debate público, não produziu uma ideia, uma que fosse, capaz de se contrapor ao pensamento único que está para (re)assumir o governo. A rendição da esquerda ao receituário e aos nomes da direita e a sua tentativa de escondê-la escancaram um país primitivo. Primitivo em todos os sentidos, miserável educacional e intelectualmente, inerme, catatônico.”
Do jornalista Clóvis Rossi
Publicado
quinta-feira, 12 de maio de 2016 às 9:57 pm e categorizado como Blog.
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Temos esquerda para enfrentar tanta direita?
“O governo Michel Temer começa da mesma forma que começou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva: com Henrique Meirelles como o homem forte da economia.(…) É o suficiente para demonstrar o nível de indigência mental de quem põe esquerda/direita no debate sobre a conjuntura brasileira. Outra fraude é supor que haja um conflito entre os setores supostamente populares e os anti-populares. Vai me enganar que Katia Abreu, a ministra da Agricultura, é ‘do povo’?
Não é a única coincidência direita/esquerda, constata Antonio Navalón, colunista de ‘El País’: ‘Nenhuma razão desculpa Lula e Rousseff de terminar cheirando a podre como os inimigos do passado’. Não que não exista direita. Existe desde sempre, é poderosa e domina a vida política e econômica. O que não existe mais é esquerda, salvo bolsões (que não estão no PT).
A esquerda brasileira, com exceções que não conseguem interferir de fato no debate público, não produziu uma ideia, uma que fosse, capaz de se contrapor ao pensamento único que está para (re)assumir o governo. A rendição da esquerda ao receituário e aos nomes da direita e a sua tentativa de escondê-la escancaram um país primitivo. Primitivo em todos os sentidos, miserável educacional e intelectualmente, inerme, catatônico.”
Do jornalista Clóvis Rossi
Publicado quinta-feira, 12 de maio de 2016 às 9:57 pm e categorizado como Blog. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback a partir do seu site.