“Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.”
“Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.”
O Brasil tem um grande passado pela frente?
“O governo Michel Temer começa da mesma forma que começou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva: com Henrique Meirelles como o homem forte da economia.(…) É o suficiente para demonstrar o nível de indigência mental de quem põe esquerda/direita no debate sobre a conjuntura brasileira. Outra fraude é supor que haja um conflito entre os setores supostamente populares e os anti-populares. Vai me enganar que Katia Abreu, a ministra da Agricultura, é ‘do povo’?
Não é a única coincidência direita/esquerda, constata Antonio Navalón, colunista de ‘El País’: ‘Nenhuma razão desculpa Lula e Rousseff de terminar cheirando a podre como os inimigos do passado’. Não que não exista direita. Existe desde sempre, é poderosa e domina a vida política e econômica. O que não existe mais é esquerda, salvo bolsões (que não estão no PT).
A esquerda brasileira, com exceções que não conseguem interferir de fato no debate público, não produziu uma ideia, uma que fosse, capaz de se contrapor ao pensamento único que está para (re)assumir o governo. A rendição da esquerda ao receituário e aos nomes da direita e a sua tentativa de escondê-la escancaram um país primitivo. Primitivo em todos os sentidos, miserável educacional e intelectualmente, inerme, catatônico.”
Em 1925, muito antes de as Organizações Tabajara existirem, o cientista Hugo Gernsback criou o Isolator, um capacete que pretendia aumentar o foco de quem o utilizasse. O invento bloqueava todo o ruído externo e possuía uma fenda horizontal na altura dos olhos, que permitia enxergar apenas uma linha por vez dos textos lidos ou escritos. Para conseguir respirar com a engenhoca sobre o rosto, o usuário lançava mão de uma bomba de oxigênio. Mas o capacete acabou não pegando, talvez porque a concentração ainda fosse um artigo facilmente encontrável no mercado.
Não há gesto mais criativo do que inventar a própria existência.
Webmaster: Igor Queiroz