“Embora eu esteja sempre por aqui
a sua alguma ansiada segurança
pode estar certa
não mora em mim”
“Embora eu esteja sempre por aqui
a sua alguma ansiada segurança
pode estar certa
não mora em mim”
“Voltando do almoço pela Riachuelo, vi um carro da funerária subir de ré na calçada, diante de uma garagem. Da viatura, todo serelepe, saiu o motorista. Engravatado e simpático, estendeu a mão a um senhor, que tinha os olhos vermelhos e fungava. Cheguei em cima do lance e presenciei o seguinte diálogo:
– Boa tarde, meu querido, como vai? Tudo bem? – perguntou o motorista, com um largo sorriso. Melhor astral, impossível.
– Não – respondeu o senhor em voz baixa.
– Olha, fica frio, irmãozinho. Você só precisa pegar esse papelzinho aqui e levar no cartório, tá combinado?
– Tá bom.
– Agora, me diz aí, querido. Me fala: onde é que está o corpinho?”
“Você vai mesmo desistir do gosto da cereja?”
O coração, se pudesse pensar, pararia?
Uma homenagem em bronze ao vira-lata de Clarice Lispector
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