quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

A falta que você me faz não faz a menor falta para o mundo?

“Com as últimas chuvas você se foi
e então acreditei
que na casa mais aborrecida do subúrbio
não haveria primaveras
nem outonos nem invernos nem verões

Mas não
As estações se cumpriram
como estavam previstas em qualquer almanaque
E a senhoria e o carteiro
não tornaram a perguntar
por você”

Trecho de Quatro Boleros Maroqueros, poema de Antonio Cisneros

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

É moralmente defensável que bichos tenham donos?

“Os animais existem por suas próprias razões. Eles não foram criados para os humanos, assim como as mulheres não foram criadas para os homens e os negros não foram criados para os brancos.”

Da romancista norte-americana Alice Walker

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Teu corpo, minhas regras?

Barrigão

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Toda agressividade esconde uma imensa fragilidade?

Peixe tubarão

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Por um 2016 menos apressado

“Eu tinha medo de dormir na casa do meu avô. Era um sobradão colonial enorme, longos corredores, escadarias, portas grossas e pesadas que rangiam, vidros coloridos nos caixilhos das janelas, pátios calçados com pedras antigas… De dia, tudo era luminoso. Mas quando vinha a noite e as luzes se apagavam, tudo mergulhava no sono: pessoas, paredes, espaços. Menos o relógio. (…) Quando todos dormiam, ele acordava, e começava a contar estórias. Só muito mais tarde vim a entender o que ele dizia: ‘Tempus fugit‘. E eu ficava na cama, incapaz de dormir, ouvindo sua marcação sem pressa, esperando a música do próximo quarto de hora. Eu tinha medo. Hoje, acho que sei por quê: ele batia a Morte. (…)
Tenho saudades daquele relógio. Por sua tranquila honestidade, repetindo sempre, incansável, ‘Tempus fugit‘. Ainda comprarei um outro que diga a mesma coisa. Relógio que não se pareça com este meu, no meu pulso, que marca a hora sem dizer nada, que não tem estórias para contar. Meu relógio só me diz uma coisa: o quanto eu devo correr, para não me atrasar. Com ele, sinto-me tolo como o Coelho da estória da Alice, que olhava para seu relógio, corria esbaforido, e dizia: ‘Estou atrasado, estou atrasado…’
Não é curioso que o grande evento que marca a passagem do ano seja uma corrida, corrida de São Silvestre? Correr para chegar aonde? Passagem de ano é o velho relógio que toca o seu carrilhão. O sol e as estrelas entoam a melodia eterna: ‘Tempus fugit‘. E porque temos medo da verdade que só aparece no silêncio solitário da noite, reunimo-nos para espantar o temor, e abafamos o ruído tranquilo do pêndulo com enormes gritarias. Contra a música suave da nossa verdade, o barulho dos rojões… Pela manhã, seremos, de novo, o tolo Coelho da Alice: ‘Estou atrasado, estou atrasado…’ Mas o relógio não desiste. Continuará a nos chamar à sabedoria.”

Trecho de O Relógio, crônica de Rubem Alves

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

O que será que será, que não tem vergonha nem nunca terá, que não tem juízo?

“Entre os homens do grupo que hostilizou Chico Buarque no Leblon, estavam o rapper Túlio Dek, ex-namorado da atriz Cleo Pires, e Alvaro Garnero Filho, o Alvarinho, filho do empresário Alvaro Garnero. O pai confirmou a presença do filho no episódio, assim como a do rapper, e disse que teve de explicar a Alvarinho quem é Chico.”

Da Folha de S.Paulo

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Ainda o pelourinho

Enquanto soubermos como se tratam os pretos por aqui e mesmo assim continuarmos proclamando – com palavras, gestos ou omissões – que os tratamos feito brancos, ninguém há de ser cidadão?
https://www.facebook.com/sigajandira2/videos/1096015293766465/

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Até quando do desejo se erguerá a clava forte?

“Quinze anos eu passara, os primeiros da vida
Sem ter sabido nunca o que era esse furor
Em que a dança do cu deixa na alma um torpor
Após a ânsia viril na cona ser remida
Não que a morte tão doce, tão apetecida
Não me impelisse um forte e juvenil ardor
Mas o membro que eu tinha, embora lutador
Não chegava a deixar a dama bem servida
Trabalho desde então com pertinácia rara
Por compensar a perda e o tempo que não para
Pois o sol no poente ameaça os meus dias
Oh, Deus, venho rogar-te, meu zelo ajudai
Para tão doce agir meus anos alongai
Ou devolvei-me o tempo em que ainda eu não fodia”

Soneto Erótico, de Zeca Baleiro
Musicado e interpretado pelo próprio Zeca 

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Cabe mesmo?

Cabimento

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Pseudomasoquismo

Ela pediu: promete que me dá uma cama de gato? Logo me lembrei daquela perversa brincadeira infantil: Zezinho fica de quatro atrás de Joãozinho enquanto Pedrinho, de frente para Joãozinho, o empurra e faz com que tropece pateticamente no outro. Como assim? Por que você quer uma cama de gato? Ela sorriu maliciosamente e disse: porque deve ser uma delícia. Delícia? De onde você tirou essa ideia? Da internet, ué! Olhe só:
Cama gato

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