Quem é o rei, afinal?
Cachaça Mecânica, música de Roberto e Erasmo Carlos, gravada em 1974 por Erasmo
Quem é o rei, afinal?
Cachaça Mecânica, música de Roberto e Erasmo Carlos, gravada em 1974 por Erasmo
“O homem perfeitamente infeliz tem saúde de ferro; check-up e estação de águas todos os anos; seus males físicos são apenas dois: dor de cabeça (não toma comprimido porque ataca o coração) e azia (não toma bicabornato porque vicia o organismo). O pai e o avô do homem infeliz morreram quase aos 90 anos _e ele o diz frequentemente. Banho frio por princípio, mesmo no inverno, e meia hora de ginástica diária. O homem perfeitamente infeliz (…) não empresta dinheiro; não deve nada a ninguém; toma notas minuciosas de todas as suas despesas; nunca pagou nada para os outros; não avaliza nota promissória nem para o próprio filho; tem manifesto orgulho disso tudo. (…) A força de vontade do homem perfeitamente infeliz é tremenda: deixou de fumar há 11 anos, três meses, cinco dias. Se não deixou, poderá deixar a qualquer momento. (…) Considera-se dono de excelente bom humor; em família, porta-se com severidade, falta de graça e convencionalismo; cita provérbios edificantes e ditos históricos; sua glória é poder afirmar, diante de alguém em desgraça: ‘Bem que eu te avisei!’.”
Trecho da crônica A arte de ser infeliz, de Paulo Mendes Campos
– É difícil trabalhar como repórter tendo apenas uma perna?
– É difícil sim. Mas é mais fácil do que se tivesse quatro.
Do veterano jornalista José Hamilton Ribeiro, que perdeu um pedaço da perna esquerda em 1968, quando pisou numa mina terrestre enquanto cobria a Guerra do Vietnã. A pergunta lhe foi feita durante um programa de televisão
O que colocar em meu túmulo? Um anjo acadêmico, talvez _desses que as marmorarias fabricam às dúzias, para que eu não difira de ninguém no seio da terra. Contudo, se quiserem algo na lápide, escrevam: “Aqui descansa um homem errado, que sempre tentava emendar-se”.
A partir de um poema de Cyro dos Anjos
O Largo dos Aflitos não é bastante largo para conter tua aflição?
A partir da canção Augusta, Angélica e Consolação, de Tom Zé
“Compre manteiga. Passe-a nos dedos (esqueça Marlon Brando). Chupe-os. E diga em tom de oração: que vida solitária, meu Deus! (Contenha-se).”
Da poeta Hilda Hilst, no livro Cascos & Carícias
Sarney vai mudar o nome do Maranhão para Myranhão?
A partir do artigo Buemba! Venha fumar no Paraguai!, de José Simão
O seu olhar melhora o meu?
A partir da canção O Seu Olhar, de Arnaldo Antunes e Paulo Tatit
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